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Dez ministros australianos pedem demissão e pressionam primeiro-ministro

Malcolm Turnbull pode ser obrigado a enfrentar uma nova tentativa de destituição dentro do próprio partido

Ao menos 10 ministros australianos apresentaram pedidos de demissão, informou a imprensa do país (AAP/Lukas Coch/Reuters)

Ao menos 10 ministros australianos apresentaram pedidos de demissão, informou a imprensa do país (AAP/Lukas Coch/Reuters)

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AFP

Publicado em 22 de agosto de 2018 às 09h24.

Ao menos 10 ministros australianos apresentaram pedidos de demissão, informou a imprensa do país, em um novo revés para o primeiro-ministro, Malcolm Turnbull, que pode ser obrigado a enfrentar uma nova tentativa de destituição dentro do próprio partido.

A disputa interna foi revelada na segunda-feira, quando o primeiro-ministro se viu obrigado, em consequência da falta de apoio do partido, a desistir do projeto de incluir na legislação australiana a meta do país em termos de redução de gases que provocam o efeito estufa.

Após uma semana de protestos, Turnbull decidiu na terça-feira declarar seu posto vago, o que levou a uma votação interna do Partido Liberal, na qual o chefe de Governo permaneceu no cargo.

Turnbull recebeu 48 votos, contra 35 para o ministro do Interior, Peter Dutton, que renunciou ao cargo.

Apesar da vitória interna, a posição do premier, cujo partido está atrás da oposição nas pesquisas a 12 meses das eleições, ficou debilitada.

Outros nove ministros também renunciaram a seus cargos, informaram os canais ABC e Sky News.

Turnbull, no entanto, aceitou apenas duas demissões: a de Dutton e a da ministra do Desenvolvimento Internacional, Concetta Fierravanti-Wells.

Nesta quarta-feira, ele afirmou que os outros ministros "asseguraram inequivocamente sua lealdade e apoio".

Dutton, que muitos consideram mais conservador que o primeiro-ministro, estava à frente do ministério que comanda a polícia, a imigração e o serviço de inteligência.

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