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Duterte decreta fim da trégua com rebeldes maoístas

A insurgência comunista filipina começou em 1968 e é um dos conflitos mais antigos do mundo, com um balanço de 30.000 mortos, segundo os militares

Duterte: "Perdemos muitos soldados em apenas 48 horas e acho que continuar com essa trégua não tem nem terá resultados" (Ezra Acayan/Reuters)

Duterte: "Perdemos muitos soldados em apenas 48 horas e acho que continuar com essa trégua não tem nem terá resultados" (Ezra Acayan/Reuters)

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AFP

Publicado em 3 de fevereiro de 2017 às 17h01.

O presidente filipino, Rodrigo Duterte, pôs fim nesta sexta-feira à trégua com os rebeldes maoístas do país, colocando em risco o processo de paz de um dos conflitos mais antigos do mundo.

"Perdemos muitos soldados em apenas 48 horas e acho que continuar com essa trégua não tem nem terá resultados", disse Duterte em um discurso.

"Realmente não quero fazer isso. Se é o que os comunistas querem, não posso fazer nada. Lutemos, sigamos outros 50 anos", acrescentou.

A decisão chega dois dias depois de o Partido Comunista das Filipinas anunciar o final da trégua que proclamou unilateralmente e de os militares acusarem os rebeldes maoístas de terem matado seis soldados nesta semana.

A insurgência comunista filipina começou em 1968 e é um dos conflitos mais antigos do mundo, com um balanço de 30.000 mortos, segundo os militares.

Duterte não esclareceu se será celebrada a quarta rodada de negociações previstas em abril em Oslo. As negociações que terminaram na semana passada na Itália não conseguiram estabelecer uma trégua duradoura.

Em agosto, o governo e os rebeldes maoístas declararam, cada um por seu lado, uma trégua. Entretanto, na última quarta-feira o Partido Comunista encerrou a trégua, acusando policiais e soldados de abusos nas zonas rurais que controla.

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