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Egito lança ofensiva diplomática contra a retirada de palestinos de Gaza

Países árabes tem rejeitado a possibilidade de receber população que vive no enclave após Trump falar sobre transformar local em 'riviera' do Oriente Médio

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 7 de fevereiro de 2025 às 12h26.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2025 às 12h29.

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O Egito iniciou, nesta sexta-feira, 7,"intensos contatos" com outros países árabes e de maioria muçulmana com o objetivo de "rejeitar qualquer medida que vise expulsar o povo palestino de suas terras", em referência ao plano proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e apoiado por Israel.

O ministro das Relações Exteriores egípcio, Badr Abdelaty, manteve conversas nas últimas horas com seus homólogos de Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã, Bahrein, Jordânia, Iraque, Argélia, Mauritânia, Tunísia e Sudão, com quem trocou "opiniões sobre a evolução da questão palestina", de acordo com um comunicado de seu departamento.

Durante as conversas destacaram "a posição árabe sobre a questão palestina, que rejeita qualquer medida que vise deslocar o povo palestino de suas terras ou encorajar sua realocação para outros países fora dos territórios palestinos", após Trump ter anunciado uma proposta para expulsar a população de Gaza.

"Essas percepções e ideias representam (...) uma flagrante violação do direito internacional, uma infração dos direitos palestinos, uma ameaça à segurança e estabilidade na região e um enfraquecimento das possibilidades de paz e coexistência entre seus povos", disse o Ministério das Relações Exteriores no comunicado.

Também indicou que durante as conversas foi alcançado um consenso sobre "a necessidade de lutar por uma solução política permanente e justa para a questão palestina através do único caminho prático, que é o estabelecimento de um Estado palestino independente" com Jerusalém Oriental como sua capital.

Abdelaty também lembrou os esforços do Egito para garantir o cumprimento do acordo de cessar-fogo em Gaza — no qual é mediador ao lado de Catar e Estados Unidos —, bem como sua implementação em três etapas, que incluem a entrada de ajuda humanitária e a libertação de reféns mantidos pelo Hamas.

Na última passada, Egito e Jordânia, assim como outros países árabes e parte da comunidade internacional, condenaram e rejeitaram o plano de Trump de deslocar a população palestina de suas terras, algo que, segundo o americano, permitiria que os moradores de Gaza "fossem felizes, seguros e livres".

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