Segundo constatou a Agência EFE e informou a emissora egípcia Al Qahera News, dezenas de caminhões com alimentos, medicamentos, produtos de higiene, material para abrigos temporários e combustível começaram a se mover da cidade egípcia de Rafah em direção às passagens terrestres de Kerem Shalom e Al Auja, situadas em território israelense.
Ajuda passa por inspeção israelense
Conforme o procedimento habitual, os veículos são inspecionados por autoridades israelenses antes de terem sua entrada autorizada no enclave palestino ou serem devolvidos à fronteira egípcia. Desde maio de 2024, a passagem de Rafah, principal via direta entre Egito e Gaza, permanece fechada por ordem de Israel.
A emissora Al Qahera News, próxima à Inteligência egípcia, relatou que vários caminhões foram devolvidos por Israel após chegarem às passagens de Kerem Shalom e Al Auja, sem que os motivos fossem divulgados. Outros veículos, porém, continuam entrando na zona de inspeção israelense para posterior liberação.
Suspensão após bombardeios israelenses
No domingo, um número indeterminado de caminhões com alimentos, produtos médicos e de higiene foi devolvido ao Egito após o bombardeio israelense em Rafah, que atingiu o lado palestino da cidade.
De acordo com uma fonte do Crescente Vermelho Egípcio, a entrada de caminhões foi suspensa temporariamente depois que as Forças de Defesa de Israel (FDI) bombardearam militantes em Gaza “em resposta ao lançamento de um míssil antitanque e disparos contra tropas” na região fronteiriça.
Israel retoma trégua após confrontos
Segundo a emissora israelense Canal 12, o governo de Israel seguiu a recomendação das FDI de interromper temporariamente a entrada de ajuda humanitária após o confronto de domingo, no qual supostos membros da polícia do Hamas teriam trocado tiros com militares israelenses — algo que o grupo islâmico negou.
As forças israelenses acusaram o Hamas de violar o cessar-fogo e lançaram uma nova onda de bombardeios em toda a Faixa de Gaza, que deixou dezenas de mortos ao longo do dia. À noite, Israel afirmou ter retomado o cumprimento do cessar-fogo e prometeu “responder com firmeza a qualquer violação do acordo”.