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Eleição na Bolívia: votação foi encerrada sem intercorrências em segundo turno histórico

Resultado deve sair a partir das 21h (horário de Brasília); Os candidatos de direita Rodrigo Paz e Jorge Quiroga disputam a presidência e tiram a esquerda do poder após duas décadas

Em meio à crise econômica, 7,9 milhões de bolivianos foram às urnas neste domingo para votação que promete mudar o rumo do país

Em meio à crise econômica, 7,9 milhões de bolivianos foram às urnas neste domingo para votação que promete mudar o rumo do país

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 19 de outubro de 2025 às 17h15.

Última atualização em 19 de outubro de 2025 às 18h22.

As seções eleitorais na Bolívia começaram a ser fechadas às 16h deste domingo (17h de Brasília), 19, dando início à contagem de votos da histórica eleição do primeiro segundo turno presidencial do país.

Na disputa estão dois candidatos de direita: Jorge Quiroga, concorrendo de forma independente, e Rodrigo Paz Pereira, do Partido Democrata Cristão (PDC).

Segundo a Rede Observa, a votação transcorreu de forma tranquila e sem intercorrências, com ampla participação da população.

Cerca de 7,9 milhões de bolivianos foram às urnas,  e o favoritismo está em Quiroga, adversário de Evo Morales e ex-presidente boliviano de 2001 a 2002.

O Tribunal Supremo Eleitoral informou que os primeiros resultados preliminares devem estar disponíveis a partir das 21h (horário de Brasília).

A posse do novo presidente está marcada para 8 de novembro.

Após duas décadas, a esquerda saí do poder e do domínio do Movimiento al Socialismo (MAS). Analistas sugerem que "a crise" se agravou com a ruptura entre Evo Morales e Luis Arce, principais lideranças do partido. 

Em meio a críticas sobre a fragilidade do sistema eleitoral boliviano, as cédulas de votação estão sendo fotografadas e enviadas a um comitê central para contagem.

O presidente interino do Supremo Tribunal Eleitoral, Oscar Hassenteufel Salazar, havia anunciado pela manhã que tudo estava pronto para uma "eleição transparente", com materiais necessários nas zonas de votação e fiscais capacitados.

Disputa em meio à crise

As eleições ocorrem em meio a uma grave crise econômica. A inflação alcança mais de 23% ao ano, com escassez de produtos básicos, principalmente combustíveis. Segundo diversas pesquisas, para 80% dos bolivianos a principal preocupação é a economia.

No primeiro turno, realizado em 17 de agosto, Rodrigo Paz registrou 32% dos votos, enquanto Jorge Quiroga obteve 26,7%.

Os candidatos representam espectros distintos dentro da direita: Paz é considerado de centro e resiste a acordos com o Fundo Monetário Internacional (FMI), enquanto Quiroga, mais conservador, anuncia empréstimo do FMI como primeira medida caso vença.

O ex-presidente Evo Morales, impedido pela justiça de concorrer, votou e voltou a criticar o pleito nas redes sociais, classificando-o como uma "farsa eleitoral". Morales lançou uma campanha pelo voto nulo que alcançou 19% no primeiro turno.

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