O número de mortes provocadas pelas inundações repentinas no centro-sul do Texas subiu para 27 na manhã deste sábado, 5, anunciaram as autoridades, que prosseguem com as buscas por desaparecidos em um acampamento de verão.
"Até o momento, retiramos mais de 850 pessoas ilesas, oito pessoas feridas e recuperamos 27 corpos. Destes 27, 18 são adultos e nove são crianças", disse o xerife do condado de Kerr, Larry Leitha.
O xerife do condado disse que menores continuam desaparecidos e acrescentou que entre 23 e 25 pessoas não foram localizadas.
O vice-governador havia anunciado anteriormente que pelo menos 25 meninas estavam desaparecidas no Camp Mystic, um acampamento de verão que recebia quase 750 menores perto do rio Guadalupe, cujas águas subiram oito metros em apenas 45 minutos durante a noite devido às chuvas.
Vídeos nas redes sociais mostram casas e árvores arrastadas pela cheia súbita das águas. O diretor do acampamento enviou uma mensagem ao vice-governador do estado informando que no local não havia energia elétrica, água ou conexão por wi-fi.
Autoridades estaduais e locais aconselharam os residentes a não viajarem pela região do rio, onde dezenas de estradas estavam "intransitáveis".
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou na sexta-feira à noite que "as inundações são terríveis". "É impactante", lamentou.
'Até que todos apareçam'
O major-general Thomas Suelzer, oficial militar do estado do Texas, disse que pelo menos 237 pessoas foram resgatadas ou retiradas de suas casas por equipes de emergência e que 167 resgates foram realizados com a ajuda de helicópteros.
O governador do Texas, Greg Abbott, anunciou que assinaria uma "declaração de calamidade" para aumentar os recursos nos condados estão em situação de emergência.
Algumas horas antes, Abbott divulgou um vídeo na rede X no qual uma vítima é resgatada do topo de uma árvore por um socorrista suspenso de um helicóptero, enquanto as águas rugiam abaixo. "Missões de resgate aéreo como essa estão sendo realizadas 24 horas por dia. Não vamos parar até que todos apareçam", assegurou.
Cerca de 500 socorristas e 14 helicópteros foram mobilizados para a região. A Guarda Nacional do Texas enviou equipes de resgate e a Guarda Costeira dos Estados Unidos colabora nas operações.
"A chuva diminuiu, mas sabemos que mais está por vir", alertou Freeman Martin, diretor do Departamento de Segurança Pública do Texas.
"Temos inundações constantemente. Este é o vale fluvial mais perigoso dos Estados Unidos. Mas não havia indícios de que seria algo como o que aconteceu aqui", declarou o juiz do condado de Kerr, Rob Kelly.
Segundo a Agência Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês), o nível das águas do rio Guadalupe subiu durante a noite de dois para mais de nove metros após as chuvas.
O serviço meteorológico emitiu um alerta de inundação para o centro-sul do condado de Kerr e pediu que os moradores evitem viajar e procurem áreas mais elevadas.
As inundações repentinas ocorrem quando o solo não é capaz de absorver chuvas torrenciais e não são incomuns. Mas os cientistas afirmam que, nos últimos anos, as mudanças climáticas provocadas pelo ser humano tornaram eventos climáticos extremos como inundações, secas e ondas de calor mais frequentes e intensos.
Ao menos duas pessoas morreram na queda de uma árvore sobre um veículo durante uma "tempestade severa" no estado de Nova Jersey (nordeste), confirmou a polícia local na sexta-feira.
Em meados de junho, ao menos dez pessoas morreram em inundações causadas por chuvas intensas na cidade de San Antonio, cerca de 150 km ao sul do condado de Kerr, que agora sofre inundações.
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Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS)
(Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS))
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Homens movem pacotes em um barco através de uma rua inundada no centro histórico de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 14 de maio de 2024. Crédito: Anselmo Cunha / AFP)
(Homens movem pacotes em um barco através de uma rua inundada no centro histórico de Porto Alegre)
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Vista das áreas inundadas ao redor do estádio Arena do Grêmio em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 29 de maio de 2024. A água e a lama tornaram os estádios e sedes do Grêmio e Internacional inoperáveis. Sem locais para treinar ou jogar futebol, os clubes brasileiros tornaram-se equipes itinerantes para evitar as enchentes que devastaram o sul do Brasil. (Foto de SILVIO AVILA / AFP)
(Vista das áreas inundadas ao redor do estádio Arena do Grêmio em Porto Alegre)
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Vista aérea do centro de treinamento do Internacional ao lado do estádio Beira Rio em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 29 de maio de 2024. Foto de SILVIO AVILA / AFP
(Vista aérea do centro de treinamento do Internacional ao lado do estádio Beira Rio em Porto Alegre)
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Pessoas atravessam uma ponte flutuante para pedestres sobre o rio Forqueta, entre os municípios de Lajeado e Arroio do Meio, no Rio Grande do Sul, Brasil, em 21 de maio de 2024. O Rio Grande do Sul experimentou um desastre climático severo, destruindo pelo menos seis pontes e causando interrupções generalizadas no transporte. O exército respondeu construindo pontes flutuantes para pedestres, uma solução temporária e precária para permitir que a infantaria atravesse rios durante conflitos. (Foto de Nelson ALMEIDA / AFP)
(Pessoas atravessam uma ponte flutuante para pedestres sobre o rio Forqueta)
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Ana Emilia Faleiro usa um barco para transportar suprimentos em uma rua inundada em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, em 26 de maio de 2024. O estado sulista do Rio Grande do Sul está se recuperando de semanas de inundações sem precedentes que deixaram mais de 160 pessoas mortas, cerca de 100 desaparecidas e 90% de suas cidades inundadas, incluindo a capital do estado, Porto Alegre. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Ana Emilia Faleiro usa um barco para transportar suprimentos em uma rua inundada em Porto Alegre)
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Um homem limpa sua casa atingida pela enchente no bairro Sarandi, um dos mais atingidos pelas fortes chuvas em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 27 de maio de 2024. Cidades e áreas rurais no Rio Grande do Sul foram atingidas por semanas por um desastre climático sem precedentes de chuvas torrenciais e enchentes mortais. Mais de meio milhão de pessoas fugiram de suas casas, e as autoridades não conseguiram avaliar completamente a extensão dos danos. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Um homem limpa sua casa atingida pela enchente no bairro Sarandi)
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Alcino Marks limpa corrimãos sujos de lama após a enchente no bairro Sarandi, um dos mais atingidos pelas fortes chuvas em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 27 de maio de 2024. Esta é a segunda enchente histórica que Marks enfrenta aos 94 anos de idade. A primeira foi em 1941, quando ele morava no centro de Porto Alegre. Cidades e áreas rurais no Rio Grande do Sul foram atingidas por semanas por um desastre climático sem precedentes de chuvas torrenciais e enchentes mortais. Mais de meio milhão de pessoas fugiram de suas casas, e as autoridades não conseguiram avaliar completamente a extensão dos danos. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Alcino Marks limpa corrimãos sujos de lama após a enchente no bairro Sarandi)
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(Um trabalhador usa uma mangueira de alta pressão para remover a lama acumulada pela enchente)
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(Destruição no RS após chuvas e enchentes)
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Vista da estátua de José e Anita Garibaldi na inundada Praça Garibaldi, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 14 de maio de 2024. Foto de Anselmo Cunha / AFP
(Vista da estátua de José e Anita Garibaldi na inundada Praça Garibaldi)
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Resgate de pessoas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, na Base Aérea de Santa Maria (RS).
(Resgate de pessoas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, na Base Aérea de Santa Maria)
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Eduardo Leite: “Faremos de tudo para garantir que a reconstrução preserve nossas vocações”
(Eduardo Leite: “Faremos de tudo para garantir que a reconstrução preserve nossas vocações”)
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Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS)
(Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS))
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(Imagem aérea da destruição no Rio Grande do Sul - Força Aérea Brasileira/Reprodução)
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Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 13 de maio de 2024. Foto de Nelson ALMEIDA / AFP
(Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas)
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(Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul)