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Erdogan se felicita por desarmamento do Partido dos Trabalhadores do Curdistão: 'A Turquia venceu'

O Partido dos Trabalhadores do Curdistão, considerado um grupo terrorista pela Turquia e seus aliados ocidentais, pegou em armas contra Ancara em 1984

O presidente da Turquia, Recep Tayip Erdogan

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O presidente da Turquia, Recep Tayip Erdogan (AFP/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 12 de julho de 2025 às 08h40.

"A Turquia venceu, 86 milhões de cidadãos venceram", declarou o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, neste sábado (12), um dia após o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) iniciar seu processo de desarmamento.

"Sabemos o que estamos fazendo, ninguém deve se preocupar, ter medo ou questionar. Tudo o que fazemos é pela Turquia, pelo nosso futuro e pela nossa independência", acrescentou o presidente turco.

O Partido dos Trabalhadores do Curdistão, considerado um grupo terrorista pela Turquia e seus aliados ocidentais, pegou em armas contra Ancara em 1984 para conseguir a criação de um Estado curdo, em um conflito que deixou mais de 40.000 mortos.

Diante de membros de seu partido, o AKP, reunidos em uma assembleia, Erdogan lembrou que pelo menos 2.000 soldados turcos morreram no conflito com a guerrilha.

Na sexta-feira, cerca de trinta combatentes curdos, homens e mulheres, incluindo quatro comandantes, destruíram suas armas durante uma cerimônia altamente simbólica no norte do Iraque, perto de suas bases na região autônoma do Curdistão.

Erdogan, que falou de "um novo dia, uma nova página na história" do país, anunciou que uma comissão seria criada no Parlamento para dar continuidade ao processo de paz e estudar "os requisitos legais do processo".

Na sexta-feira, a copresidente do PKK, Bese Hozat, pediu garantias de segurança para que os combatentes possam retornar à Turquia.

"Sem garantias legais e constitucionais, acabaremos presos ou mortos", disse à AFP.

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