Mundo

Erradicação da pobreza até 2025 é possível, diz Graziano

O compromisso foi assumido por escrito pelos líderes dos 33 países da América Latina e Caribe


	Diretor geral da FAO, José Graziano da Silva: o plano para atingir essa meta foi apresentado pelo brasileiro
 (Juan Mabromata/AFP)

Diretor geral da FAO, José Graziano da Silva: o plano para atingir essa meta foi apresentado pelo brasileiro (Juan Mabromata/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2015 às 06h00.

San Jose - A pobreza na região mais desigual do mundo foi o principal tema da 3ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

Mas, desta vez, além de dar declarações, os líderes dos 33 países assumiram um compromisso por escrito: erradicar a pobreza extrema e a fome na região ate 2025.

O plano para atingir essa meta foi apresentado pelo brasileiro José Graziano da Silva, diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Segundo Graziano, a meta é possível, desde que haja vontade política e apoio aos países mais pobres da América Central e do Caribe. Em seu discurso, nessa quarta-feira (28), a presidenta Dilma Rousseff citou como exemplo o Brasil, que em 11 anos de programas sociais conseguiu ficar “fora do Mapa da Fome da FAO” e que avançou no combate à miséria.

“Criamos um piso de renda abaixo do qual nenhum brasileiro deve estar. Passamos a complementar a renda das famílias e, com isso, 22 milhões de brasileiros superaram a extrema pobreza, somente nos últimos quatro anos”, disse Dilma Rousseff.

Mas, apesar dos avanços registrados tanto no Brasil quanto em muitos países, a região ainda ostenta os maiores índices de desigualdade no mundo.

Segundo o presidente de Cuba, Raúl Castro, as estatísticas mostram a dura realidade: 167 milhões de pessoas ainda vivem na extrema pobreza.

 A Celac insiste que a solução é investir em programas de inclusão social, apesar da conjuntura econômica mundial desfavorável.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaONUPobreza

Mais de Mundo

Quem é Friedrich Merz, novo chanceler da Alemanha que quer independência dos EUA

Hamas diz que não vai retomar negociação com Israel até que país solte detentos palestinos

Guerra na Ucrânia completa três anos e Zelensky elogia 'heroísmo' da população

Principal alvo das tarifas sobre metais é a China, diz ex-assessora de comércio da Casa Branca