Regiões montam planos próprios para lidar com trânsito, hospedagem e aglomerações. (Getty Images/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 16 de novembro de 2025 às 11h45.
Última atualização em 16 de novembro de 2025 às 11h50.
No dia 12 de agosto de 2026, a Espanha será palco de um eclipse solar total, um dos eventos astronômicos mais relevantes do século, que tem provocado intensa mobilização de autoridades, empresas de turismo e comunidades científicas.
As estimativas são de que a fase de totalidade dure até 2 minutos e 18 segundos em alguns pontos, tornando o fenômeno especialmente valioso para cientistas.
O governo espanhol já orienta as comunidades autônomas a elaborar planos próprios para lidar com o fluxo de visitantes, garantir infraestrutura e coordenar a segurança.
Uma comissão interministerial, liderada pelo Secretário de Estado de Ciência, foi criada para coordenar esforços entre ministérios, regiões e municípios. O objetivo é articular ações em mobilidade, emergência, divulgação científica e sustentabilidade ambiental durante o fenômeno.
A ministra de Ciência, Diana Morant, destacou que o plano nacional precisa garantir tanto a segurança quanto apoio logístico para suportar uma provável onda de turismo astronômico.
O eclipse gerou um aumento recorde na procura por hospedagem: segundo a Airbnb, a demanda por acomodações rurais nas zonas de observação saltou 830%. Regiões como Aragão, Catalunha, Ilhas Baleares e Comunidade Valenciana estão entre as mais cotadas para receber visitantes.
A faixa de totalidade cruzará partes de Astúrias, Cantábria, Castela e Leão, La Rioja e ilhas Baleares.
Em Astúrias, o governo local já monta um grupo multidisciplinar para preparar ações em saúde, turismo, segurança e educação.
Já a Catalunha, por sua vez, planeja postos oficiais de observação, distribuição de óculos solares especiais e uma campanha de divulgação científica liderada pelo Instituto de Estudos Espaciais (IEEC).
As autoridades espanholas alertam para os riscos logísticos: estradas, estacionamentos e pontos de observação podem enfrentar congestão massiva em regiões remotas e de difícil acesso.
Para evitar colapsos, já estão sendo desenhados protocolos de emergência, incluindo atendimento médico, controle de multidões e planos para dispersar o público por diferentes mirantes.
Universidades, observatórios e centros de divulgação científica estão organizando eventos educativos e simuladores para tornar o eclipse uma plataforma de engajamento público com a astronomia.
O Governo de Catalunha, por exemplo, vê o evento como uma oportunidade para consolidar o turismo astronômico local e inspirar futuros cientistas.
De acordo com o Instituto Geográfico Nacional (IGN), o eclipse será visível em quase toda a metade norte da península, mas seu momento de totalidade ocorrerá pouco antes do pôr do sol — exigindo boa visibilidade para o oeste.