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Estudantes protestam no Chile contra reforma da educação

Manifestantes se queixam que as mudanças promovidas pelo governo da presidente Michelle Bachelet são insuficientes e mantém as falhas do sistema atual

Michelle Bachelet: protestos ocorreram antes de a comissão de Educação da Câmara de Deputados do Chile votar a reforma da educação proposta pelo governo (Rodger Bodch/AFP)

Michelle Bachelet: protestos ocorreram antes de a comissão de Educação da Câmara de Deputados do Chile votar a reforma da educação proposta pelo governo (Rodger Bodch/AFP)

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Reuters

Publicado em 11 de abril de 2017 às 14h25.

Santiago - Milhares de estudantes chilenos foram às ruas nesta terça-feira em protesto para denunciar o que classificam como uma crise na educação no país, no momento em que o Congresso se prepara para iniciar a discussão de uma reforma no ensino superior.

A Confederação de Estudantes do Chile (Confech) se queixa que as mudanças promovidas pelo governo da presidente socialista Michelle Bachelet são insuficientes e mantém as falhas do sistema atual, apesar da promessa do governo promover um modelo que garanta gratuidade e qualidade.

"Não sei se o governo está se fazendo de bobo. Não se pode legislar sem escutar os movimentos sociais", disse a jornalistas Daniel Andrade, presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile.

Com cartazes com dizeres como "A educação segue em crise, não a deixemos cair", apitos e bandeiras, os manifestantes avançaram pela avenida principal do centro de Santiago, assim como em outras cidades pelo país.

Entre as demandas do movimento estão o perdão de dívidas educacionais, o fim do lucro na educação e cobranças a respeito das garantias de gratuidade e qualidade prometidas por Bachelet em sua campanha.

Os protestos ocorreram antes de a comissão de Educação da Câmara de Deputados do Chile votar a reforma da educação superior proposta pelo governo, ainda que se espere um possível repúdio por parte dos parlamentares.

O deputado e ex-dirigente estudantil Giorgio Jackson pediu ao governo que "abandone a soberba, abandone essa ideia de legislar de costas para a cidadania e que acabe imediatamente com a discussão do projeto".

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