Mundo

EUA acreditam em solução "pacífica" para Venezuela, diz Pence

O vice presidente adotou um tom mais conciliador do que o presidente Donald Trump, que ameaçou uma intervenção militar na Venezuela na semana passada

Pence: o vice reiterou que a Venezuela está "resvalando para uma ditadura (Marcos Brindicci/Reuters)

Pence: o vice reiterou que a Venezuela está "resvalando para uma ditadura (Marcos Brindicci/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 15 de agosto de 2017 às 17h42.

Buenos Aires - O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, disse em Buenos Aires nesta terça-feira que acredita ser possível encontrar uma solução "pacífica" para a Venezuela por meio de pressão econômica e diplomática sobre o presidente do país, Nicolás Maduro.

Falando em uma coletiva de imprensa conjunta com o presidente de centro-direita da Argentina, Mauricio Macri, Pence disse que ambos concordaram, durante conversas a portas fechadas, sobre a necessidade de manter a pressão para que Maduro convoque eleições e liberte prisioneiros políticos.

Como na Colômbia, a primeira parada de sua turnê latino-americana, Pence adotou um tom mais conciliador do que o presidente Donald Trump, que ameaçou uma intervenção militar na Venezuela na semana passada para resolver a crise política no país-membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Apesar disso, Pence reiterou que a Venezuela está "resvalando para uma ditadura e que os Estados Unidos não ficarão à margem" enquanto isso acontece.

"Os EUA têm muitas opções e reserva estas opções na Venezuela", afirmou.

Na segunda-feira Pence disse que ele e o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, debateram possíveis novas sanções contra o país de governo de esquerda.

Washington impôs sanções contra Maduro e outras autoridades venezuelanas em julho depois que Maduro convocou uma Assembleia Constituinte a cargo de figuras leais ao governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) para ampliar seus poderes em meio a uma repressão a grupos políticos de oposição.

A ameaça de ação militar de Trump na sexta-feira foi repudiada por muitos na região e levou o Mercosul, do qual a Argentina é membro, a repudiar o uso da força.

Macri, crítico de longa data de Maduro, disse nesta terça-feira que a pressão política, e não o uso da força, é o caminho adiante para se abordar a situação na Venezuela.

Pence aplaudiu a "agenda de reformas ousada" de Macri em seus comentários e disse que ele e o líder argentino conversaram sobre o incremento do comércio bilateral durante seu encontro, particularmente em produtos agrícolas.

Ele não respondeu a uma pergunta sobre uma investigação do Departamento de Comércio dos EUA sobre as suspeitas de dumping e de subsídios injustos ao biodiesel da Argentina.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaEstados Unidos (EUA)Donald TrumpVenezuelaArgentina

Mais de Mundo

Decisão da venda de chips da Nvidia à China está na mesa de Trump, diz secretário

Vulcão na Etiópia entra em erupção pela 1ª vez após quase 12 mil anos

Trump diz que visitará China em abril após 'ótima conversa' com Xi

EUA designa Cartel de los Soles, da Venezuela, como organização terrorista