Mundo

EUA admitem ter acompanhado consulado da Venezuela

Segundo porta-voz americano, consulado apresentava 'problemas menores de segurança'; ameaças a funcionários foram negadas

Mark Toner: "Se os funcionários venezuelanos receberam alguma ameaça, deveriam havê-lo comunicado à seção do Departamento de Estado encarregada desses problemas" (Getty Images)

Mark Toner: "Se os funcionários venezuelanos receberam alguma ameaça, deveriam havê-lo comunicado à seção do Departamento de Estado encarregada desses problemas" (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2012 às 18h03.

Washington - Os Estados Unidos admitiu nesta terça-feira que acompanhou no último mês de dezembro o consulado da Venezuela em Miami por apresentar 'problemas menores de segurança', mas negou categoricamente ter 'ameaçado' seus funcionários, como denunciou o governo de Hugo Chávez.

'Em dezembro, assistimos o consulado com algumas preocupações menores sobre sua segurança. Mas, desde então, não recebemos novos pedidos de ajuda', disse o porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Mark Toner.

Toner também fez questão de ressaltar que esses problemas 'não eram significantes' e que eram 'preocupações com questões de segurança e não ameaças'.

Na última sexta-feira, o governo de Chávez anunciou o fechamento administrativo do consulado, isso depois que os Estados Unidos, na semana anterior, expulsassem a sua titular, Livia Acosta Noguera.

O Ministério de Exteriores venezuelano, na última segunda-feira, assegurou que as especulações que rodearam a expulsão da consulesa provocaram um 'aumento das ameaças que pesam sobre o pessoal consular' e, por isso, anunciou a repatriação de todos os funcionários.

'Se os funcionários venezuelanos receberam alguma ameaça, deveriam havê-lo comunicado à seção do Departamento de Estado encarregada desses problemas', respondeu Toner nesta terça-feira.


O porta-voz ressaltou que Washington 'atende seriamente a segurança das missões diplomáticas estrangeiras e, ao mesmo tempo, segue com suas obrigações sob a Convenção de Viena'.

Toner considerou que 'a decisão de como conduzir seus consulados corresponde só à Venezuela', como indicou na última sexta-feira à Agência Efe o porta-voz do Departamento de Estado para a América Latina, William Ostick.

A expulsão da diplomata aconteceu depois que a rede de televisão Univisión transmitisse no último mês de dezembro o documentário 'A Ameaça Iraniana', que narra um suposto plano para atacar os sistemas de várias usinas nucleares nos EUA, além da Casa Branca, FBI e CIA.

Alguns dos entrevistados disseram que as embaixadas do Irã, Cuba e Venezuela teriam participado do filme, o que fez com que vários congressistas americanos pedisse uma investigação sobre o assunto à secretária de Estado, Hillary Clinton.

Na última segunda-feira, a Chancelaria venezuelana considerou que 'desde a difusão dessas infames especulações, os diplomatas e o próprio consulado venezuelano foi vítima de ameaças, passando a correr um perigo real, grave e iminente'. 

Acompanhe tudo sobre:Países ricosAmérica LatinaEstados Unidos (EUA)VenezuelaDiplomacia

Mais de Mundo

Trump renova pedido de demissão de Lisa Cook, diretora do Fed

Suposto assassino de Kirk 'não está cooperando' nem confessou, diz governador de Utah

Devemos agir de acordo com o pensamento da 'Geração Z', diz nova primeira-ministra do Nepal

EUA e China retomam negociações em Madri com impasse sobre tarifas e futuro do TikTok