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EUA atribuem ao Hamas responsabilidade por mortes em Gaza

Abertura da embaixada americana em Jerusalém aconteceu em meio a cenário de extrema violência contra manifestantes nos territórios palestinos ocupados

Faixa de Gaza: de acordo com fontes convergentes, ao menos 52 pessoas morreram na repressão (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)

Faixa de Gaza: de acordo com fontes convergentes, ao menos 52 pessoas morreram na repressão (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)

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AFP

Publicado em 14 de maio de 2018 às 18h05.

O movimento Hamas é o responsável pelas 52 mortes e pela centena de feridos nesta segunda-feira (14) por disparos do exército israelense contra manifestantes em Gaza que protestavam contra a inauguração da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém, afirmou um porta-voz da Casa Branca.

"A responsabilidade por estas mortes trágicas é diretamente do Hamas", afirmou o porta-voz Raj Shah, acrescentando que este movimento está "provocando de propósito e cinicamente" e que Israel "tem o direito de se defender".

A abertura da embaixada americana em Jerusalém aconteceu nesta segunda-feira em meio a um cenário caótico e de extrema violência contra manifestantes nos territórios palestinos ocupados.

De acordo com fontes convergentes, ao menos 52 pessoas morreram na repressão e o número de feridos é estimado em centenas, possivelmente até 2.000.

Shah evitou nesta segunda-feira analisar qualquer responsabilidade das forças armadas israelenses nessas mortes, e acrescentou que Israel "tem o direito de se defender".

Ao ser pressionado sobre uma eventual responsabilidade das forças repressivas nas mortes, Shah apenas comentou que "não se pode perder de vista que o Hamas tem responsabilidade por esta situação".

Na opinião do porta-voz da Casa Branca, a inauguração da embaixada em Jerusalém em meio à violência não deve afetar um possível plano de paz a ser proposto por Washington para israelenses e palestinos.

"Não acho que isso vá ferir o plano de paz. Esse plano de paz será apresentado no momento oportuno", comentou.

Para Shah, hoje o importante "é manter o que o presidente prometeu (durante sua campanha) e o que ele acredita. É o reconhecimento de uma realidade".

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