Agência de Notícias
Publicado em 18 de julho de 2025 às 18h23.
O governo dos Estados Unidos está avaliando proibir o acesso de engenheiros estrangeiros a sistemas de seu Departamento de Defesa, informou nesta sexta-feira o secretário de Defesa americano, Pete Hegseth.
"A engenheiros estrangeiros - de qualquer país, incluindo, é claro, a China - NUNCA deveria ser permitido manter ou acessar os sistemas do Departamento de Defesa", escreveu Hegseth na rede social X (ex-Twitter).
A mensagem responde a uma carta na qual o senador Tom Cotton, do Partido Republicano, manifestou ontem preocupação com um relatório que afirma que a Microsoft emprega engenheiros da China na manutenção dos sistemas do Pentágono, algo que, na opinião dele, expõe dados altamente sensíveis dos EUA a um "inimigo estrangeiro".
A empresa, segundo o senador, estaria confiando em cidadãos americanos como "escoltas digitais" para supervisionar a atividade dos engenheiros chineses nos referidos sistemas.
Embora Cotton admita que a Microsoft cumpre os requisitos de que americanos fiquem a cargo de manusear informações sensíveis, ele adverte que "escoltas digitais" normalmente não têm a formação técnica ou a experiência necessária para detectar comportamentos suspeitos.
Na carta, ele pediu para 31 de julho uma lista de todas as empresas que trabalham para o Departamento de Defesa e têm cidadãos chineses em trabalhos de manutenção ou outros serviços, assim como uma lista daqueles que contratam “escoltas digitais” para a Microsoft ou qualquer outra empresa.
Cotton, que preside o Comitê de Inteligência do Senado e é membro do Comitê de Serviços Armados, também perguntou sobre a formação fornecida a esses “escoltas” para que identifiquem atividades suspeitas e recomendações para corrigir possíveis maneiras de driblar os requisitos existentes.
"Concordo totalmente. Nossa equipe já está investigando isso o mais rápido possível", acrescentou o secretário de Defesa no X em resposta a esse pedido, no qual o senador destacou a necessidade de se proteger "contra todas as ameaças" na cadeia de suprimentos de serviços militares.