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EUA e China fizeram 'avanços substanciais' em negociações comerciais, diz secretário do Tesouro

Após dois dias de reuniões na Suíça, representantes dos dois países indicam redução nas tensões bilaterais e prometem divulgar mais detalhes em breve

Scott Bessent: o secretário disse que as diferenças entre os lados "não eram tão grandes quanto se pensava"

Scott Bessent: o secretário disse que as diferenças entre os lados "não eram tão grandes quanto se pensava"

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 11 de maio de 2025 às 14h47.

Os Estados Unidos e a China fizeram "avanços substanciais" após dois dias de negociações em Genebra, na Suíça, com o objetivo de reduzir a guerra comercial, disseram neste domingo o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, e o representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer. Eles informaram que mais detalhes serão divulgados na segunda-feira.

No anúncio, feito à repórteres após horas de reuniões entre os representantes dos EUA e o vice-primeiro-ministro chinês He Lifeng, Greer afirmou que as diferenças entre os lados "não eram tão grandes quanto se pensava".

As conversas ocorreram na residência do embaixador da Suíça na ONU, que serviu de sede para as equipes dos dois países.

As tensões entre as duas maiores economias do mundo atingiram um novo ápice depois que o presidente Donald Trump aumentou progressivamente as tarifas sobre produtos chineses, chegando a 145%. As tarifas visam abordar o papel da China no tráfico de fentanil, seu grande superávit comercial com os EUA e responder a medidas retaliatórias de Pequim após a ofensiva inicial de Trump. Em resposta, a China elevou suas tarifas sobre produtos americanos para 125%.

Esse embate tarifário levou a um impasse entre as potências, com nenhuma das partes disposta a ceder e sem uma saída clara à vista.

Eventualmente, ambos os lados reconheceram a necessidade de reduzir as tensões e as tarifas, e anunciaram a realização de negociações públicas.

O receio de prateleiras vazias pode ter contribuído para a urgência dos encontros. Trump e sua equipe econômica receberam apelos de executivos do varejo, que alertaram em reuniões com autoridades de alto escalão que tarifas altas prolongadas poderiam causar escassez semelhante à da pandemia e choques nas cadeias de suprimento.

Por sua vez, o presidente chinês Xi Jinping tentou fortalecer a economia de seu país antes das negociações, mas os dados mostram sinais de fragilidade.

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