Mundo

EUA está preparado para variante Ômicron, diz Biden

No entanto, Biden alertou os que não estão totalmente vacinados que têm "bons motivos para se preocupar" e que é seu "dever patriótico" serem imunizados

Biden citou "três grandes diferenças" com o início da pandemia (Drew Angerer / Equipe/Getty Images)

Biden citou "três grandes diferenças" com o início da pandemia (Drew Angerer / Equipe/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 21 de dezembro de 2021 às 19h41.

Última atualização em 21 de dezembro de 2021 às 19h46.

O presidente Joe Biden afirmou nesta terça-feira (21) que os Estados Unidos estão "preparados" para a variante ômicron do coronavírus e repetiu que não há razão para alarme, pelo menos para os americanos vacinados.

"Devemos todos nos preocupar com a ômicron", mas "não ficar alarmados", declarou Biden em um discurso na Casa Branca transmitido pela televisão. "Não é março de 2020. Estamos preparados", acrescentou.

Biden citou "três grandes diferenças" com o início da pandemia, a começar pela existência de vacinas, a abundância de equipamentos de proteção individual para os trabalhadores sanitários que lidam com o fluxo de pessoas não vacinadas nos hospitais, bem como o conhecimento acumulado sobre a vírus.

No entanto, o presidente alertou os que não estão totalmente vacinados que têm "bons motivos para se preocupar" e que é seu "dever patriótico" serem imunizados.

"Quem decide não se vacinar é responsável por suas próprias decisões, mas essas decisões são alimentadas pela desinformação na televisão e nas redes sociais", lamentou Biden, denunciando o comportamento "imoral" de algumas empresas que geram lucro ao permitirem a disseminação de mentiras "que podem matar seus próprios clientes".

Longas filas de espera

Mais cedo, a Casa Branca detalhou a estratégia defendida pelo presidente: exames de detecção, reforço da capacidade de vacinação e meios suplementares para hospitais, mas sem novas restrições antes do Natal.

Longas filas de espera foram observadas desde o início da semana em frente aos centros de testes nos Estados Unidos.

"Não é necessário confinar nossas escolas ou nossa economia", afirmou um alto funcionário da Casa Branca.

As autoridades vão distribuir 500 milhões de testes de detecção gratuitamente e mobilizar cerca de 1.000 médicos, enfermeiras e membros do pessoal médico do Exército.

Os Estados Unidos também doarão mais de 500 milhões de dólares em ajuda suplementar a organizações internacionais para combater a covid-19 diante do surgimento da variante ômicron.

A nova variante foi responsável por 73,2% das novas infecções por covid-19 nos Estados Unidos na semana passada.

"Acho que ninguém esperava que a variante fosse se espalhar tão rapidamente", disse Biden em seu discurso.

O presidente declarou ainda que "cogita" suspender as restrições de viagens de oito países da África, continente onde a variante apareceu pela primeira vez, já que a ômicron pode ser encontrada em todo o mundo.

"Sei que estão cansados e sei que estão frustrados. Todos queremos que acabe, mas ainda estamos imersos nisso", concluiu Biden.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Joe BidenCoronavírus

Mais de Mundo

Trem mais rápido do mundo deve iniciar operações na China em 2026

‘Hamas sentiu o nosso poder, atacamos Gaza com 153 toneladas de bombas’, afirma Netanyahu

Presidente eleito da Bolívia afirma que vai retomar relações com os EUA após quase 20 anos

Cidadania espanhola 'facilitada' acaba nesta quarta-feira; saiba o que muda na Lei dos Netos