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EUA não planejam explosões nucleares neste momento, diz secretário de energia

Trump anunciou, nesta sexta-feira, a retomada imediata dos testes nucleares dos Estados Unidos, suspensos há 33 anos, para rivalizar com a China e Rússia

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 2 de novembro de 2025 às 18h01.

Última atualização em 2 de novembro de 2025 às 18h03.

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O secretário de Energia dos Estados Unidos, Chris Wright, declarou neste domingo, 2, que os testes de armas nucleares recentemente ordenados pelo presidente Donald Trump não envolvem explosões nucleares neste momento. Segundo ele, os procedimentos atuais consistem em testes de sistemas e explosões não críticas — ou seja, ensaios que não provocam detonação nuclear.

“São testes de sistema. Não são explosões nucleares. São o que chamamos de explosões não críticas”, disse Wright em entrevista ao programa "The Sunday Briefing", da emissora Fox News. Ele explicou que os testes examinam todos os componentes de uma arma nuclear, com o objetivo de assegurar que funcionem corretamente e estejam aptos a gerar uma explosão real, caso necessário.

Os testes fazem parte de uma nova etapa no desenvolvimento de armamentos nucleares norte-americanos. Wright afirmou que os sistemas em avaliação são novos e visam garantir que as armas de substituição superem as gerações anteriores em eficiência e confiabilidade.

Pressão sobre China e Rússia

A decisão de retomar os testes foi anunciada por Trump pouco antes de uma reunião com o presidente chinês Xi Jinping, realizada na Coreia do Sul. A medida, que encerra um intervalo de 33 anos sem testes desse tipo, foi interpretada como um recado geopolítico a rivais estratégicos como China e Rússia.

Trump reafirmou a ordem nesta sexta-feira, mas evitou comentar se ela inclui testes nucleares subterrâneos, prática comum durante o período da Guerra Fria. Os EUA realizaram diversas detonações entre as décadas de 1960 e 1980, acumulando dados e medições detalhadas.

Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores da China declarou esperar que Washington respeite a moratória internacional vigente sobre testes atômicos.

Wright destacou que, atualmente, a tecnologia disponível permite simular com precisão científica o comportamento de uma explosão nuclear. “Com nossa ciência e nosso poder computacional, podemos simular com incrível precisão exatamente o que acontecerá em uma explosão nuclear”, afirmou. Ele acrescentou que essas simulações ajudam a entender as condições prévias às detonações e a projetar as características das armas futuras.

Quando serão os próximos encontros entre Trump e Xi Jinping?

O presidente norte-americano informou que um novo encontro com Xi Jinping está previsto para abril de 2026, na China. Em seguida, Xi deve visitar os Estados Unidos, dando continuidade ao processo de reaproximação diplomática.

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