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EUA retoma bombardeios no Iêmen após ataque mortífero contra centro de migrantes

Imprensa local afirmou que as força norte-americanas lançaram quatro bombardeios na montanha Barash em Sanaa, que controlam desde o início da guerra no país, em 2014

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 28 de abril de 2025 às 20h56.

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Os Estados Unidos retomaram nesta segunda-feira, 28, a campanha de bombardeios em massa contra várias posições dos rebeldes xiitas houthis no noroeste do Iêmen, ação que ocorre poucas horas depois de um ataque aéreo americano matar pelo menos 60 pessoas em um centro de detenção para migrantes africanos no país.

A emissora de televisão "Al-Masirah", porta-voz dos houthis, noticiou que as forças dos EUA lançaram quatro bombardeios na montanha Barash em Sanaa, a capital do Iêmen, que controlam desde o início da guerra no país, em 2014. Um quinto ataque teve como alvo o distrito rural de Belad al-Rus, a sudeste de Sanaa, de acordo com a rede, que informou que outros bombardeios foram registrados no distrito de Harf Sufyan, na província de Amran.

Até o momento, nenhuma vítima ou dano material foi relatado nesses bombardeios, que tiveram como alvo locais conhecidos por abrigar depósitos fortificados nas montanhas usados pelo grupo apoiado pelo Irã.

Pelo menos 60 pessoas foram mortas na manhã desta segunda-feira em um bombardeio dos EUA a centro de detenção preventivo para migrantes africanos na cidade de Saada, no norte do país. Isso ocorreu depois que pelo menos oito pessoas foram mortas em ações semelhantes nos arredores de Sanaa na noite de domingo.

Em resposta, os houthis reivindicaram nesta segunda-feira um ataque com mísseis balísticos, mísseis de cruzeiro e drones contra o porta-aviões USS Harry S. Truman no mar Vermelho, o navio de onde a maioria dos caças americanos decola para lançar ataques contra o Iêmen.

Washington lançou uma campanha de bombardeio sem precedentes contra os houthis no Iêmen em 15 de março, em resposta aos seus ataques a Israel e à navegação comercial no mar Vermelho, que visam "apoiar" os palestinos na Faixa de Gaza e prejudicar economicamente Israel.

De acordo com o Comando Central dos EUA (CENTCOM), desde o início da operação, as forças dos EUA atingiram mais de 800 alvos e mataram "centenas de combatentes houthis e vários de seus líderes, incluindo comandantes de mísseis e veículos aéreos não tripulados".

Washington reconhece que a operação não conseguiu deter os insurgentes, mas observa que a campanha de bombardeios reduziu "o ritmo e a eficácia de seus ataques", com uma queda de 69% nos lançamentos de mísseis balísticos e de 55% nos ataques de drones.

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