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Europa deve assumir 'maior parte do fardo' da segurança da Ucrânia, diz vice de Trump

JD Vance enfatizou que as nações europeias deveriam liderar os acordos de segurança.

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Agência de notícias

Publicado em 21 de agosto de 2025 às 12h31.

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A Europa deverá assumir "a maior parte do fardo" da segurança da Ucrânia, afirmou o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, em momentos em que Washington pressiona para que a guerra chegue ao fim.

No programa "Ingraham Angle" da Fox News, na noite de quarta-feira, Vance foi questionado sobre as garantias de segurança para a Ucrânia e o nível de envolvimento da Europa, temas abordados nas cúpulas de alto nível realizadas nos últimos dias para pôr fim ao conflito desencadeado pela invasão russa em fevereiro de 2022.

"Bem, eu não acho que devemos carregar esse fardo aqui", disse Vance.

"Os europeus terão de assumir a maior parte do fardo. É o continente deles. É a segurança deles, e o presidente (Donald Trump) foi muito claro: eles terão que dar um passo à frente."

Vance também disse que, embora Washington ajudasse a pôr fim ao conflito, as nações europeias deveriam liderar os acordos de segurança. Ele não deu detalhes específicos.

"Os Estados Unidos estão abertos para ter a conversa, mas não faremos compromissos até descobrirmos o que será necessário para deter a guerra em primeiro lugar", afirmou.

Donald Trump reuniu-se com seu homólogo russo, Vladimir Putin, no Alasca na sexta-feira passada.

Na segunda-feira, ele recebeu em Washington o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, junto com líderes europeus.

Embora Trump tenha dito que Putin havia concordado em se encontrar com Zelensky e aceitar algumas garantias de segurança ocidentais para a Ucrânia, essas promessas foram recebidas com extrema cautela por Kiev e seus aliados europeus, e muitos detalhes permanecem vagos.

Zelensky declarou nesta quinta-feira que seu primeiro encontro com Putin desde o início da invasão russa poderia ocorrer nas próximas semanas, mas apenas depois que as potências ocidentais definissem as garantias de segurança para seu país.

O líder russo parece disposto a conversar frente a frente com seu homólogo ucraniano, embora Moscou tenha arrefecido o entusiasmo, salientando na quarta-feira que a reunião deverá ser preparada "minuciosamente".

Nesta madrugada de quinta-feira, a Rússia lançou 574 drones e 40 mísseis contra território ucraniano em seu maior ataque em semanas. Houve um morto e 18 feridos, segundo as autoridades locais.

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