Videoconferência acontecerá antes de encontro de Volodymyr Zelesnky com Donald Trump (Tetiana Dzhafarova/AFP)
Redação Exame
Publicado em 16 de agosto de 2025 às 11h56.
O presidente francês, Emmanuel Macron, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o chanceler alemão, Friedrich Merz, se reunirão por videoconferência no domingo, 17, às 10h do horário de Brasília, com os países da “coalizão de voluntários”, aliada a Kiev, para se prepararem para as próximas etapas das negociações de paz sobre a Ucrânia, anunciou Paris neste sábado.
Essas consultas ocorrerão na véspera da visita do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, a Washington e após a cúpula realizada no Alasca entre o presidente americano, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin.
Após uma reunião de quase três horas na sexta, Putin e Trump disseram terem feitos avanços nas negociações, mas não revelaram quais. Eles saíram de uma entrevista coletiva sem responder perguntas.
Os dois apenas fizeram discursos breves. Putin falou primeiro. Disse que 'ainda não há acordo fechado' quanto à guerra na Ucrânia e voltou a falar que as "causas-raízes" do conflito, precisam ser resolvidas. No entanto, afirmou que está interessado em um acordo de paz.
O líder russo sugeriu que a Ucrânia era apenas uma das várias questões discutidas, apontando para o potencial para maior cooperação comercial e empresarial, bem como para a cooperação no Ártico e na exploração espacial. Putin disse que era importante que os países "virassem a página".
Trump seguiu linha parecida. "Tivemos uma reunião muito produtiva. Concordamos em muitos, muitos pontos, a maioria deles. Eu diria que há alguns pontos importantes que ainda não alcançamos, mas já fizemos alguns progressos", disse.
Em seguida, o presidente americano afirmou que vai entrar em contato com o presidente ucraniano Volodymyr Zelesnky e os aliados da Otan, aliança militar do Ocidente, para detalhar as negociações com o governo russo. Trump disse que os dois terão uma nova conversa em breve. Putin o interrompeu e o convidou para ir a Moscou.
Os dois presidentes não deram detalhes sobre quais foram os temas debatidos, nem mencionaram o que seria um primeiro passo para o fim da guerra: um cessar-fogo temporário. Trump disse, ao chegar para o encontro, que desejava obter uma pausa no conflito.
(Com AFP)