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Ex-ditador uruguaio será recluso em contêiner

"Goyo", que foi peça-chave no golpe de Estado de 1973 e também presidente 1981 a 1985, sofre de demência senil e completou 88 anos somente há quatro dias


	Bandeira Uruguai: o ex-ditador é acusado de "destratar" pelos outros presos, as autoridades decidiram isolá-lo para "prevenir possíveis problemas"
 (Matt Rubens/Wikimedia Commons)

Bandeira Uruguai: o ex-ditador é acusado de "destratar" pelos outros presos, as autoridades decidiram isolá-lo para "prevenir possíveis problemas" (Matt Rubens/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2012 às 14h59.

Montevidéu - O ex-ditador uruguaio Gregorio "Goyo" Álvarez, preso desde 2007 por violações dos direitos humanos durante a ditadura (1973-1985), será recluso em um contêiner devido a sua má relação com os outros ex-militares presos, informaram nesta sexta-feira fontes oficiais.

"Goyo", que foi peça-chave no golpe de Estado de 1973 e também presidente 1981 a 1985, sofre de demência senil e completou 88 anos somente há quatro dias.

Por causa do "peso de sua categoria", o ex-ditador sempre quer se impor frente à outros militares aposentados que também encontra-se presos por delitos de lesa-humanidade. "Esse fato acabou gerando um mau relacionamento", afirmaram à Agência Efe fontes do Ministério do Interior.

Condenado a 25 anos de prisão pela morte de 37 opositores entre 1977 e 1978, "Goyo", junto a outros oito militares e policiais, está recluso em uma prisão especial construída na periferia de Montevidéu.

Como constantemente o ex-ditador é acusado de "destratar" pelos outros presos, as autoridades decidiram isolá-lo para "prevenir possíveis problemas".

Atualmente, o ex-ditador está internado no Hospital Militar por problemas de saúde, mas, quando retornar à prisão, "passará a ficar em um contêiner, isolado do resto dos reclusos", acrescentaram as fontes.

Esses contêineres de metal, que são adaptados como celas no Uruguai, são inteiramente revestidos para evitar as bruscas mudanças de temperatura em seu interior e também já foram utilizados em outras prisões, mas entre presos militares. 

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