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Ex-primeiro-ministro da Malásia é interrogado por força anticorrupção

Ex-primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, é acusado de ter desviado cerca de 640 milhões de euros do fundo soberano criado em 2009

Najib Razak: o fundo soberano criado por Najib em 2009, hoje tem uma dívida de 10 bilhões de euros (Lai Seng Sin/Reuters)

Najib Razak: o fundo soberano criado por Najib em 2009, hoje tem uma dívida de 10 bilhões de euros (Lai Seng Sin/Reuters)

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AFP

Publicado em 22 de maio de 2018 às 11h10.

O ex-primeiro-ministro da Malásia Najib Razak compareceu nesta terça-feira à agência anticorrupção para ser interrogado sobre o enorme escândalo de malversação de fundos que contribuiu para a sua recente derrota eleitoral.

Najib foi convocado pela agência anticorrupção (MAAC) em Putrajaya, capital administrativa da Malásia, para depor sobre o caso SRC International, ligado ao escândalo envolvendo o 1MDB, um fundo soberano criado por Najib em 2009 e que hoje amarga uma dívida de 10 bilhões de euros.

O SRC sofreu uma intervenção do ministério da Fazenda em 2012, quando Najib acumulava os cargos de ministro da pasta e premier.

Segundo Wall Street Journal, foram transferidos 42 milhões de ringit (9 milhões de euros) do SRC para contas pessoais de Najib.

Em relação ao 1MDB, Najib é suspeito de ter desviado cerca de 640 milhões de euros do fundo, que criou para modernizar a Malásia, país do sudeste asiático com 32 millones de habitantes, a maioria muçulmanos.

Najib, que sempre negou qualquer desvio, já foi objeto de uma investigação quando estava no poder, mas o novo governo, dirigido por Mohamad Mahathir, que venceu as legislativas de 9 de maio, prometeu retomar as investigações.

Na semana passada, uma batida policial encontrou dezenas de bolsas de grife, muitas cheias de dinheiro e joias, em residências e escritórios de Najib Razak.

Nas bolsas havia "dinheiro de diversas moedas, incluindo ringgit malaios e dólares, além de joias e relógios", segundo Amar Singh, diretor da unidade da polícia que investiga crimes comerciais.

A coalizão liderada por Najib, que governou o país por seis décadas, foi inesperadamente derrotada por uma aliança que catalizou o sentimento contrário ao ex-premier pelas acusações de corrupção.

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