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Exército argelino mata seis supostos jihadistas

A atividade jihadista está presente na Argélia, instigada pela instabilidade política e econômica no país, mas também pela guerra na Líbia


	Argélia: a fronteira entre os três países se transformou em lugar de passagem e reunião para jihadistas
 (Farouk Batiche / AFP)

Argélia: a fronteira entre os três países se transformou em lugar de passagem e reunião para jihadistas (Farouk Batiche / AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2016 às 11h20.

Argel - Um destacamento do Exército argelino matou nesta segunda-feira seis supostos jihadistas durante uma operação no oásis oriental de Al Ued, fronteiriço com a Tunísia, anunciou o Ministério da Defesa.

Em comunicado divulgado em seu site, a fonte explica que a operação segue ainda aberta e que durante a mesma os soldados apreenderam cinco fuzis, três metralhadoras, uma pistola automática, dois veículos e grande quantidade de munição.

A operação ocorre três dias depois que a Organização da Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) atacou com foguetes a jazida de Krechba, no centro sul do país, sem causar danos e nem vítimas.

O ataque é o primeiro lançado contra instalações energéticas na Argélia desde o ataque à refinaria de In Amenas, em 2013, no qual morreram dezenas de terroristas e de reféns durante a intervenção de resgate das forças argelinas.

O Ministério informou hoje, além disso, sobre a detenção no domingo de um suposto jihadista, apreendido na cidade de Borj Bayi Mokhtar, fronteiriço com Mali, em posse de várias armas.

A atividade jihadista está presente na Argélia, instigada pela instabilidade política e econômica no país, mas também pela guerra na Líbia e o aumento do radicalismo na Tunísia.

A fronteira entre os três países se transformou em lugar de passagem e reunião para jihadistas de todo o Sahel que buscam se unir ao autodenominado Estado Islâmico e Al Qaeda tanto na Líbia como na Síria e Iraque.

Na semana passada, o vice-ministro da Defesa, Ahmad Gaïd Salah, que soa como possível sucessor de presidente e ministro da Defesa, Abdelaziz Bouteflika, admitiu que a Argélia tem um problema de segurança na fronteira sudeste, com Mali, Níger, Tunísia e Líbia. 

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