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Família de jornalista assassinado nega acordo com a Arábia Saudita

Os filhos de Khashoggi teriam recebido casas luxuosas e milhares de dólares por mês como indenização do governo saudita

O jornalista saudita Jamal Khashoggi foi assassinado na embaixada de seu país na Turquia (Osman Orsal/Reuters)

O jornalista saudita Jamal Khashoggi foi assassinado na embaixada de seu país na Turquia (Osman Orsal/Reuters)

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AFP

Publicado em 10 de abril de 2019 às 12h52.

Última atualização em 10 de abril de 2019 às 13h04.

A família do jornalista saudita Jamal Khashoggi, assassinado em outubro no consulado de seu país em Istambul por agentes de Riad, negou nesta quarta-feira (10) ter chegado a um acordo com as autoridades sauditas.

"O julgamento está em andamento, e não há negociações em andamento", disse Salah, filho de Jamal Khashoggi, no Twitter.

"As pessoas que cometeram e estiveram envolvidas neste crime devem ser punidas", acrescentou.

Em 1º de abril, o jornal "The Washington Post", no qual Jamal Khashoggi trabalhava, disse que os filhos do jornalistas teriam recebido, cada um eles, uma casa luxuosa e milhares de dólares por mês como indenização por parte das autoridades sauditas.

O assassinato de Jamal Khashoggi prejudicou consideravelmente a imagem da Arábia Saudita e de seu jovem príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, que autoridades turcas e americanas designaram como responsáveis.

As autoridades sauditas negaram que o príncipe Mohammed, apelidado de MBS, estivesse envolvido no assassinato, atribuído por Riad a elementos "sem controle" por parte do regime.

Onze homens foram julgados desde janeiro em um tribunal criminal em Riad, e o procurador-geral exigiu pena de morte para cinco deles.

Apesar da forte pressão do Congresso dos Estados Unidos, o presidente Donald Trump evitou condenar o príncipe herdeiro neste caso.

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