Mundo

Feridos estão com dificuldades de deixar a Líbia, adverte ONU

Pelos dados da organização, cerca de 285 mil pessoas deixaram o país desde 15 de fevereiro

Campo da ONU para refugiados líbios: fronteira recebeu 47 toneladas de suprimentos (Dan Kitwood/Getty Images)

Campo da ONU para refugiados líbios: fronteira recebeu 47 toneladas de suprimentos (Dan Kitwood/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de março de 2011 às 09h22.

Brasília – A Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) advertiu que o governo do presidente da Líbia, Muammar Kadafi, atua para impedir a saída do país de feridos em consequência dos confrontos entre as forças leais ao regime e os oposicionistas. A porta-voz da Acnur, Melissa Fleming, disse que poucas vítimas conseguem chegar à fronteira da Líbia com a Tunísia e o Egito. As informações são das Nações Unidas.

"Normalmente, em um deslocamento maciço dessa natureza, a expectativa é ver um número significativo de mulheres e crianças feridas, mas até agora o nosso pessoal na fronteira tem visto muito poucos", disse ela.

Pelos dados das Nações Unidas, cerca de 285 mil pessoas, a maioria trabalhadores migrantes – oriundos de países africanos, além de chineses e paquistaneses - deixaram a Líbia desde 15 de fevereiro, quando começaram os protestos contra Kadafi.

Paralelamente, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) tenta ajudar as crianças que estão nas regiões conflito. Para essas áreas e principalmente para as fronteiras foram enviadas 47 toneladas de alimentos, água e medicamentos.

A crise na Líbia pode ter causado mais mil mortes, segundo dados de organizações não governamentais. Há denúncias de violação aos direitos humanos e crimes contra a humanidade, como torturas e assassinatos. Forças leais a Kadafi e a oposição se enfrentam e tentam ampliar os domínios nas principais regiões do país.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaGuerrasLíbiaONU

Mais de Mundo

Putin propõe marcar conversas de paz diretas com Ucrânia em 15 de maio

Trump pede 20 mil novos policiais para reforço nas deportações de imigrantes

Trump diz que houve 'reset total' e 'grande progresso' em negociação de tarifas com a China

Museu, balé e catedral: saiba qual foi a programação da visita de Janja à Rússia