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Fifa: testemunha diz que Globo pagou propina por transmissão

O empresário argentino foi ouvido como testemunha de acusação no 1º julgamento que é resultado da investigação de corrupção envolvendo a Fifa

Fifa: além da Globo, Burzaco também a Fox Sports americana (Arnd Wiegmann/Reuters)

Fifa: além da Globo, Burzaco também a Fox Sports americana (Arnd Wiegmann/Reuters)

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Reuters

Publicado em 14 de novembro de 2017 às 18h50.

Última atualização em 14 de novembro de 2017 às 19h16.

São Paulo - O empresário argentino Alejandro Burzaco, ex-presidente da empresa Torneos Y Competencias, disse nesta terça-feira que a Rede Globo foi uma das empresas que pagaram propinas para vencer a concorrência por direitos de transmissão de competições internacionais, como a Copa América.

A declaração foi feita durante depoimento no Tribunal do Brooklin, em Nova York, no julgamento do ex-presidente da CBF José Maria Marin.

Burzaco foi ouvido como testemunha de acusação no processo. Ele é um dos investigados no escândalo da Fifa e se declarou culpado. Além da Copa América, a investigação da Justiça norte-americana também apura corrupção na compra dos direitos da Copa Libertadores e do torneio Copa do Brasil.

Além da Globo, Burzaco também a Fox Sports americana, a Televisa mexicana, a Mediapro espanhola, além da Traffic, empresa do brasileiro J. Hawilla.

Procurada pela reportagem do Estado, a Rede Globo respondeu por meio de nota e negou qualquer ato ilícito. "Sobre depoimento ocorrido em Nova York, no julgamento do caso Fifa pela Justiça dos Estados Unidos, o Grupo Globo afirma veementemente que não pratica nem tolera qualquer pagamento de propina", diz o texto.

"Esclarece que após mais de dois anos de investigação não é parte nos processos que correm na Justiça americana. Em suas amplas investigações internas, apurou que jamais realizou pagamentos que não os previstos nos contratos. Por outro lado, o Grupo Globo se colocará plenamente à disposição das autoridades americanas para que tudo seja esclarecido. Para a Globo, isso é uma questão de honra. Não seria diferente, mas é fundamental garantir aos leitores, ouvintes e espectadores do Grupo Globo que o noticiário a respeito será divulgado com a transparência que o jornalismo exige", continuou a nota da emissora.

Marin está preso desde 27 de maio de 2015. Inicialmente, ficou em uma prisão na Suíça. Transferido para Nova York, cumpre prisão domiciliar em seu apartamento na 5ª Avenida.Ele é acusado de recebimento de propina na negociação dos direitos da Copa do Brasil e da Copa América.

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