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FMI: Estados continuam acumulando euros em suas reservas

Quantidade de moeda nas reservas mundiais cresceu 2,5%, apesar da crise na Europa

Notas de euro: moeda em alta nas reservas (Stock.XCHNG/EXAME.com)

Notas de euro: moeda em alta nas reservas (Stock.XCHNG/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2011 às 15h10.

Washington - Os Estados continuaram acumulando euros em suas reservas no segundo trimestre, em meio à crise da dívida na zona do euro que enfraqueceu esta moeda, segundo números publicados nesta sexta-feira pelo Fundo Monetário Internacional.

No dia 30 de junho, os 139 Estados membro que detalham a composição das moedas estrangeiras que integram suas reservas apresentavam uma soma de 1,006 trilhão de euros, ou 2,5% a mais que no dia 31 de março.

Pelo contrário, no primeiro trimestre estes países se desprenderam de parte dos euros que guardavam: seus ativos nesta moeda caíram 1,1%.

No entanto, estes dados devem ser relativizados devido à recusa da China de revelar ao FMI a composição monetárias de suas reservas, que são, de longe, as maiores do mundo, alcançando 3,197 trilhões de dólares, equivalentes a 32% do total.

No geral, a parte do euro nas reservas dos Estados (em notas, depósitos bancários, obrigações de outros Estados e "outros valores utilizáveis na balança de pagamentos") continua em alta desde a introdução do euro, no dia 1 de janeiro de 2002.

O aumento da parte do euro é sustentado pela força relativa da moeda única europeia, que na última década contrasta com o enfraquecimento tendencial do dólar.

Se todas as reservas em dólares forem somadas, sua parte evolui lentamente em direção à queda. Após alcançar 71,5% no fim de 2001, no dia 30 de junho passado este montante se situava em seu nível mais baixo desde 1995, em 60,2%.

O restante das reservas é repartida entre euros (26,7%), libras esterlinas (4,2%), ienes (3,9%), francos suíços (0,1%) e "outras moedas" (4,9%).

O total de reservas em moedas que os Estados membros do Fundo detenham passou a barreira dos 10 trilhões de dólares no segundo trimestre, número que representa um salto de 20% em um ano.

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