Mundo

FMI quer que taxas de câmbio variem

Diretor da entidade acredita que atual valorização do iuane e do euro não atrapalham estabilidade financeira

O diretor de mercados monetários e de capitais do FMI, José Vinals (AFP/Stephen Jaffe)

O diretor de mercados monetários e de capitais do FMI, José Vinals (AFP/Stephen Jaffe)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2010 às 15h49.

Washington - O mundo "necessita" que as taxas de câmbio variem para permitir que a economia mundial volte a se equilibrar, afirmou nesta terça-feira o diretor de mercados monetários e de capitais do Fundo Monetário Internacional (FMI), José Vinals.

"A volatilidade nos mercados de moedas sempre existiu. (...) O importante é que os mercados não registrem episódios de volatilidade excessiva ou de turbulências", afirmou Vinals em coletiva de imprensa em Washington.

Ao ser questionado sobre as consequências das recentes mudanças nas cotações das moedas mais negociadas no mundo, como a baixa do dólar, e o aumento do iene e do euro, completou: "por enquanto, não pensamos que seja algo que esteja preocupando muito em termos de estabilidade financeira".

"Mas o que penso ser ainda mais importante é que, no nível internacional, as taxas de câmbio variem de acordo com os fundamentos no médio prazo, sendo algo essencial para manter o equilíbrio internacional", estimou Vinals.

O grupo de países ricos e emergentes G20 encarregou o FMI de aconselhá-lo na tarefa de voltar a equilibrar a economia mundial e de avaliar os avanços.

O diretor-gerente da instituição, Dominique Strauss-Kahn, lembrou em 28 de setembro que o FMI acredita que "a cotação das moedas deve ser fixada pelos mercados e não há motivos para intervir (nas taxas de câmbio) nem benefícios a esperar" dessas intervenções.

Leia mais sobre câmbio

Siga as últimas notícias de Mundo no Twitter

 

 

Acompanhe tudo sobre:CâmbioEuroFMIIuaneMoedas

Mais de Mundo

Israel invade Cisjordânia com tanques pela primeira vez em mais de 20 anos

Eleições na Alemanha: cenário incerto pode levar a governo de coalizão

Trump e Putin estreitam laços e negociam futuro da Ucrânia sem Kiev e Europa

Em mensagem escrita, Papa Francisco reafirma confiança em tratamento e pede orações pela paz