Mundo

Forças do Iraque ainda lutam para conquistar Mosul

Jihadistas vêm recuando de forma constante de áreas no entorno de Mosul para dentro da cidade desde que a batalha começou

Unidade de elite do Exército, o Serviço de Contraterrorismo, rompeu o limite leste de Mosul pela primeira vez duas semanas atrás (Ahmad al-Rubaye/AFP)

Unidade de elite do Exército, o Serviço de Contraterrorismo, rompeu o limite leste de Mosul pela primeira vez duas semanas atrás (Ahmad al-Rubaye/AFP)

R

Reuters

Publicado em 17 de novembro de 2016 às 14h53.

Bagdá - A ofensiva apoiada pelos Estados Unidos para esmagar o Estado Islâmico em seu último grande bastião urbano no Iraque entrou em seu segundo mês nesta quinta-feira, com as forças aglutinadas contra o grupo sunita radical tentando finalmente cercar Mosul de todos os lados.

Os militantes vêm recuando de forma constante de áreas no entorno de Mosul para dentro da cidade desde que a batalha começou, no dia 17 de outubro, com apoio aéreo e terrestre de uma coalizão liderada pelos EUA.

Uma unidade de elite do Exército, o Serviço de Contraterrorismo, rompeu o limite leste de Mosul pela primeira vez duas semanas atrás. Outras unidades do Exército ainda procuram entrar pelo norte e pelo sul.

Outro avanço ocorreu na quarta-feira, quando milícias auxiliadas pelo Irã anunciaram a captura de uma base aérea a oeste de Mosul, parte de sua campanha para fechar a rota entre os setores sírio e iraquiano do califado declarado pelo Estado Islâmico em 2014.

A conquista da base de Tal Afar também oferece às principais forças xiitas uma plataforma de lançamento para operações contra alvos dos extremistas dentro da Síria, e enfatiza o potencial da operação de Mosul para reformular o poder estratégico no norte do Iraque.

Ao leste de Mosul, forças curdas peshmerga também estão ocupando territórios bem afastados das fronteiras tradicionais de sua região autônoma.

A ofensiva para tomar Mosul, a maior cidade comandada pelo Estado Islâmico, tanto no Iraque como na Síria, está se transformando na maior batalha da turbulenta história iraquiana desde a invasão encabeçada pelos EUA que derrubou Saddam Hussein em 2003.

As autoridades do Iraque se recusaram a fornecer um cronograma para a retomada da cidade inteira, mas a luta deve durar meses. Os militantes realizaram levas de contra-ataques, retendo o avanço das forças, em combates urbanos letais em ruas estreitas ainda repletas de moradores.

A captura da cidade é vista como crucial para desmantelar o califado, e o líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, que se acredita ter se retirado para uma área remota próxima da divisa síria, disse a seus combatentes que não pode haver recuo.

Os militares iraquianos estimam que o número de combatentes do Estado Islâmico na cidade está entre 5 mil e 6 mil. Diante deles está uma coalizão de cerca de 100 mil membros das forças do governo de Bagdá, combatentes curdos e unidades paramilitares xiitas.

Acompanhe tudo sobre:Estado IslâmicoGuerrasIraque

Mais de Mundo

Kremlin critica plano europeu e diz que Ucrânia rejeita paz

Papa Francisco tem noite tranquila, mas Vaticano mantém cautela sobre saúde

Zelensky diz que Ucrânia está pronta para assinar acordo sobre minerais com EUA

Astronauta do Paquistão será o primeiro estrangeiro a visitar a estação espacial chinesa Tiangong