Magda Chambriard, presidente da Petrobras: "Estamos resgatando encomendas à indústria naval brasileira e esperamos ajuda de parceiros chineses" (Lucas Landau/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 5 de julho de 2025 às 13h43.
Última atualização em 5 de julho de 2025 às 13h50.
Representantes brasileiros e chineses assinaram ontem no Rio um memorando de entendimento para parcerias tecnológicas e comerciais, como parte do Fórum Estratégico Brasileiro para a Indústria Naval Brasil-China, promovido pela Transpetro, subsidiária da Petrobras.
A presidente da estatal, Magda Chambriard, participou da abertura do evento e disse que o encontro é quase um “Tinder”, uma promoção de relacionamentos entre estaleiros chineses e brasileiros em busca de bons negócios.
Segundo o jornal Valor, participaram da reunião empresários dos estaleiros chineses COOEC, CSSC, Cosco e CIMC, e os brasileiros EBR, Rio Grande, Mauá, Atlântico Sul, Enseada e Mac Laren.
"Estamos resgatando encomendas à indústria naval brasileira e esperamos ajuda de parceiros chineses. A indústria naval brasileira não tinha encomendas da Petrobras desde 2016. Estamos resgatando isso desde o ano passado e esperamos ajuda dos parceiros chineses", disse Chambriard.
A Petrobras deve encomendar 52 navios até o fim do ano que vem, além de “top sides” para plataformas. A companhia também deve contratar a construção de cinco plataformas até 2030, conforme o plano estratégico 2025-2029.
"A produção brasileira de petróleo ainda vai crescer mais, vamos precisar de mais plataformas e mais barcos de apoio", disse Magda Chambriard .
Sergio Bacci, presidente da Transpetro, disse que o encontro deste sábado abre o canal de negociações entre Brasil e China. Representando o ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira, o secretário de óleo e gás do MME, Pietro Mendes, disse na abertura do fórum que a busca pela retomada da indústria naval brasileira é um esforço coletivo do governo.
"Precisamos de medidas de políticas públicas para tornar a construção de navios competitiva no Brasil", disse Mendes.