Mundo

França: 13 fundamentalistas são acusados por terrorismo

Nove membros do grupo islâmico Forsane Alizza já estão presos

Fundamentalista é preso em operação na França: a Promotoria indicou que a organização planejava promover sequestros (Denis Charlet/AFP)

Fundamentalista é preso em operação na França: a Promotoria indicou que a organização planejava promover sequestros (Denis Charlet/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2012 às 07h13.

Paris - Treze membros do grupo fundamentalista islâmico Forsane Alizza detidos na última sexta-feira em uma operação policial na França foram acusados por terrorismo e posse de armas, e nove deles já estão presos.

Fontes judiciais citadas pela imprensa local explicaram que os juízes de instrução encarregados do caso seguiram o pedido da Promotoria para processar 13 dos 17 detidos na operação da semana passada.

A Promotoria também requerera a prisão provisória de nove deles, incluído o chefe da Forsane Alizza, Mohamed Achamlane, e medidas de controle judicial para os outros quatro.

O Ministério Público justificara sua requisição com os elementos recolhidos nos últimos meses - no final de outubro foi aberta uma investigação judicial com base em um trabalho prévio dos serviços secretos - indicando que esta organização planejara, em particular, promover sequestros.

Em setembro do ano passado, o grupo planejara o sequestro do juiz de Lyon Albert Lévy, que se encarregou da instrução contra um de seus membros.

O promotor-chefe de Paris, François Molins, indicou ontem que os integrantes desta organização treinavam em parques e florestas da região de Paris e em seu site faziam chamadas à Jihad (guerra santa), pediam a criação de um califado na França e reivindicavam a aplicação da Sharia, a lei islâmica.

Achamlane, conhecido internamente como "o emir", negou as acusações de planejar atentados através de seu advogado, Benoît Poquet, para quem a operação policial da semana passada se trata, na verdade, de uma ação "política" com intenções eleitorais.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, manifestou ontem que nas próximas semanas haverá novas operações como a da última sexta-feira contra a Forsane Alizza e que seria aplicada a regra da "tolerância zero".

Na manhã desta quarta-feira, ocorreu uma nova operação contra supostos terroristas islâmicos na França, na qual foram detidas 10 pessoas que, segundo a Polícia, não têm relação com a Forsane Alizza nem com os massacres de Toulouse e Montauban no mês passado. 

Acompanhe tudo sobre:EuropaFrançaJustiçaPaíses ricosPrisõesTerrorismoTerroristas

Mais de Mundo

Ucrânia e EUA assinam acordo para exploração de terras raras no país europeu

Cardeais discutem situação financeira da Santa Sé, um dos desafios do novo papa

Trump diz não querer que China sofra com tarifas que impôs ao país

Ucrânia expressa disponibilidade para declarar trégua de até 3 meses