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França prende cinco suspeitos pelo roubo de joias no Louvre

Um dos detidos é suspeito de integrar o grupo que invadiu e assaltou o museu no dia 19 de outubro

Museu do Louvre: polícia francesa prendeu cinco suspeitos pelo roubo de joias que aconteceu em 19 de outubro de 2025. ( Kiran Ridley/Getty Images)

Museu do Louvre: polícia francesa prendeu cinco suspeitos pelo roubo de joias que aconteceu em 19 de outubro de 2025. ( Kiran Ridley/Getty Images)

Publicado em 30 de outubro de 2025 às 06h33.

A França prendeu mais cinco suspeitos na noite desta quarta-feira, 29, que podem estar relacionados ao roubo de joias do Museu do Louvre, que aconteceu no dia 19 de outubro.

Segundo informações da AFP, um dos presos pode ser um dos criminosos que invadiram o local no momento do crime.

"Um deles figurava efetivamente como um dos alvos dos investigadores, estava na nossa mira", disse Laure Beccuau, promotora de Paris, nesta quinta-feira, 30, à rádio RTL.

Dois outros suspeitos que haviam sido presos pelo mesmo crime foram acusados e presos também na noite desta quarta.

De acordo com a promotora, as joias perdidas foram avaliadas em cerca de 88 milhões de euros (equivalente a R$ 547 milhões). Nenhum item foi recuperado.

O que levou à prisão

Segundo Beccuau, vestígios de DNA do possível suspeito de integrar o grupo de assaltantes foram encontrados no local do crime. "Sobre as demais pessoas detidas, são pessoas que podem nos fornecer informações sobre como os eventos se desenrolaram", disse a promotora.

As prisões, ainda segundo Beccuau, aconteceram em diferentes pontos de Paris e regiões periféricas da capital francesa.

O roubo

Oito joias da coroa francesa de valor "inestimável" foram roubadas do Museu do Louvre, na manhã de domingo, 19, em Paris.

O roubo ocorreu após o arrombamento de duas vitrines de alta segurança na Galeria de Apolo, onde ficam expostas as joias reais e os diamantes da Coroa, informou a nota.

Em entrevista ao canal BFMTV, o ministro do Interior, Laurent Nuñez, afirmou que a ação que levou as oito joias durou cerca de sete minutos e foi executada por um grupo de três ou quatro pessoas.

A ministra francesa da Cultura, Rachida Dati, confirmou que o crime aconteceu no momento da abertura do museu e que não houve feridos.

“Claramente esta é uma equipe que realizou reconhecimento, era muito experiente e agiu muito, muito rapidamente”, afirmou Nuñez.

Nas redes sociais, usuários compartilham vídeos do suposto momento em que os criminosos serram o vidro com as joias. Até então, as autoridades francesas não confirmaram sua veracidade:

Confira as oito joias roubadas do Louvre

  • Diadema do conjunto de joias da rainha Maria Amélia e da rainha Hortênsia;
  • Colar do conjunto de safiras da rainha Maria Amélia e da rainha Hortênsia;
  • Brinco pertencente ao conjunto de safiras da rainha Maria Amélia e da rainha Hortênsia;
  • Colar de esmeraldas do conjunto de joias de Maria Luísa;
  • Par de brincos de esmeraldas do conjunto de joias de Maria Luísa;
  • Broche conhecido como “relíquia”;
  • Diadema da imperatriz Eugênia;
  • Grande laço de corpete (broche) da imperatriz Eugênia.

Diadema da imperatriz Eugênia foi recuperado

De acordo com o comunicado, os alarmes do museu foram acionados no momento do arrombamento, descrito como “rápido e violento”.

Cinco agentes do Louvre estavam na sala e em áreas próximas e seguiram o protocolo de segurança.

"Graças ao profissionalismo e à rápida intervenção dos agentes do Louvre, os criminosos foram obrigados a fugir, deixando para trás parte dos objetos roubados, incluindo o diadema da imperatriz Eugênia, que se encontra sob perícia", afirmou o Ministério.

Um veículo utilizado na fuga foi encontrado abandonado nas proximidades do museu. O motorista conseguiu escapar.

Coroa de Eugénie de Montijo, esposa de Napoleão III, em exibição em 2020, no Louvre. (Getty Images)

Governo anuncia reforço na segurança do museu

A ministra da Cultura da França agradeceu aos agentes do Louvre pela “rápida resposta e grande profissionalismo” após o furto das oito joias.

Ela afirmou que o governo já trabalha em um novo plano de segurança, previsto no projeto “Louvre – Nova Renascença”, lançado em janeiro pelo presidente francês.

As medidas incluem a instalação de câmeras de nova geração, sistemas de detecção perimetral e a criação de um novo centro de controle de segurança.

Investigação em andamento

O caso ligado ao desaparecimento das oito joias no Louvre está sendo investigado pela Brigada de Repressão ao Banditismo (BRB), sob a coordenação da Promotoria de Paris. As autoridades abriram inquérito por formação de quadrilha e associação criminosa com o objetivo de cometer roubo.

O Louvre, considerado o museu mais visitado do mundo e lar de obras como a Mona Lisa, havia informado mais cedo que permaneceria fechado “por razões excepcionais” durante todo o dia.

*Com informações da AFP

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