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Gaza: Israel descarta trégua e quer criar efeito dissuasivo

Segundo chanceler israelense, o "efeito dissuasivo" tem como objetivo "impedir que os palestinos em Gaza empreguem o terrorismo contra Israel"


	O ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman: "Israel não ficará satisfeita com um cessar-fogo que será desrespeitado uma ou duas semanas depois"
 (Gali Tibbon/AFP)

O ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman: "Israel não ficará satisfeita com um cessar-fogo que será desrespeitado uma ou duas semanas depois" (Gali Tibbon/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2012 às 11h41.

Jerusalém - O ministro das Relações Exteriores israelense, Avigdor Lieberman, transmitiu a vários de seus colegas no mundo que seu país quer "criar um efeito dissuasivo" em Gaza com sua ofensiva, e não pactuar uma frágil trégua.

"Israel não ficará satisfeita com um cessar-fogo que será desrespeitado uma ou duas semanas depois", afirmou o ministro em um comunicado divulgado nesta sexta-feira.

O "efeito dissuasivo" que Israel procura com sua operação "Pilar Defensivo", na qual morreram 20 palestinos (mais da metade civis), tem como objetivo "impedir que os palestinos em Gaza empreguem o terrorismo contra Israel".

Lieberman falou ontem com os titulares das Relações Exteriores da Alemanha, Itália, Grã-Bretanha, França, Canadá e Bulgária, aos quais declarou que "Israel está fazendo todo o possível para não afetar civis inocentes em Gaza, enquanto os palestinos em Gaza seguem lançando ataques contra civis israelenses".

Ontem, o porta-voz do exército israelense, Yoav Mordechai, disse ao "Canal 2" da televisão do país que "é muito cedo para falar em um cessar-fogo" que dê fim ao ciclo de violência, no qual também morreram três civis israelenses, atingidos em casa por um dos mais de 300 mísseis lançados da faixa desde quarta-feira.

A nova onda de ataques começou na quarta-feira com o assassinato do líder do braço armado do Hamas, Ahmad Jaabari, pela força aérea israelense, ponto de partida da operação "Pilar Defensivo".

Desde então, a força aérea de Israel atacou 500 alvos em Gaza, indicou o exército em comunicado. 

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