Mundo

Gazprom ameaça cortar fornecimento de gás à Ucrânia

Presidente do monopólio de gás russo advertiu à Ucrânia que se o país não pagar sua dívida pelo gás russo, o consórcio pode cortar a provisão

Presidente da Gazprom, Alexei Miller: "não podemos fornecer gás de graça", disse (Alexander Zemlianichenko Jr./Bloomberg)

Presidente da Gazprom, Alexei Miller: "não podemos fornecer gás de graça", disse (Alexander Zemlianichenko Jr./Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de março de 2014 às 12h31.

Moscou - O presidente do monopólio de gás russo Gazprom, Alexei Miller, advertiu nesta sexta-feira à Ucrânia que se o país não pagar sua dívida pelo gás russo, o consórcio pode cortar a provisão.

"Não podemos fornecer gás de graça. Ou a Ucrânia salda a dívida e atualiza os pagamentos, ou há o risco de voltar à situação do início de 2009", disse Miller aos jornalistas russos.

Há cinco anos, a Rússia cortou a provisão de gás ao país vizinho, o que alterou notavelmente o bombeamento de combustível à Europa e provocou a chamada "guerra do gás" entre Moscou e Kiev.

Durante 20 dias de inverno, os países europeus ficaram sem uma parte substancial de suas provisões de gás bombardeados a partir da Rússia através de gasodutos que atravessam território ucraniano.

O executivo do gás ressaltou que o monopólio de gás ucraniano Naftogaz deve à Gazprom US$ 1,89 bilhão.

"Isso significa de fato que a Ucrânia deixou de pagar pelo gás. Isso contradiz totalmente as cláusulas do contrato e a prática comercial internacional. Informaremos sobre a atual situação ao governo da Federação da Rússia", ressaltou.

Há três dias, o gigante do gás russo anunciou que, a partir de abril, deixará de vender gás à Ucrânia ao preço prometido ao cassado presidente Viktor Yanukovich.

Alexei Miller se reuniu então com o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, argumentou falta de pagamento da dívida por parte da Ucrânia e se queixou que Naftogaz pagou até agora menos de 50% de sua dívida com a Gazprom.

*Atualizada às 12h31 do dia 07/03/2014

Acompanhe tudo sobre:EmpresasIndústria do petróleoÁsiaEuropaRússiaUcrâniaGásGazprom

Mais de Mundo

Polônia pede sessão urgente do Conselho de Segurança após violação de espaço aéreo

NASA proíbe chineses com visto dos EUA de trabalhar em programas espaciais

Em meio a derrota política, Milei comemora inflação abaixo do esperado na Argentina em agosto: 1,9%

Exército do Nepal pede a turistas que busquem assistência durante toque de recolher