Mundo

George Bush pede respostas sobre interferência russa nas eleições

O ex-presidente dos EUA disse que não é a pessoa adequada para indicar "que caminho tomar" nas investigações, mas afirmou que precisa de respostas

Bush: "acredito que todos nós precisamos de respostas", afirmou o ex-mandatário republicano (./Divulgação)

Bush: "acredito que todos nós precisamos de respostas", afirmou o ex-mandatário republicano (./Divulgação)

E

EFE

Publicado em 27 de fevereiro de 2017 às 15h32.

Washington - O ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush pediu "respostas" nesta segunda-feira para a suposta interferência da Rússia nas eleições presidenciais que deram a vitória ao republicano Donald Trump em novembro do ano passado.

"Acredito que todos nós precisamos de respostas", afirmou o ex-mandatário republicano em uma entrevista à emissora "NBC", a primeira que concede desde a posse de Trump.

Bush disse que não é a pessoa adequada para indicar "que caminho tomar" nas investigações sobre esta questão mas, afirmou ter certeza de que "essa pergunta deve ser respondida".

O ex-mandatário assegurou que confia no senador de seu partido Richard Burr, que preside a Comissão de Inteligência do Senado, para que selecione, se considerar necessário, um procurador especial para investigar sobre a interferência da Rússia nas eleições presidenciais.

Na entrevista, Bush evitou críticas a Trump, apesar de ter se afastado do magnata durante a campanha, depois que não compareceu à Convenção do partido e anunciou, através de um porta-voz, que não votou em Trump, nem na democrata Hillary Clinton, nas eleições de novembro.

Os legisladores democratas e também alguns republicanos acreditam que o procurador-geral, Jeff Sessions, deve se afastar das investigações sobre a inrerferência russa porque foi uma figura-chave na campanha de Trump e, portanto, carece da independência necessária.

A Casa Branca não descartou ontem afastar Sessions das investigações, mas considerou que ainda é muito cedo para tomar uma decisão a respeito.

No dia 17 de fevereiro, a Comissão de Inteligência do Senado pediu por intermédio de uma carta à Casa Branca e a várias agências do governo que conservem todos os registros de comunicações com a Rússia para que estes sejam analisados nas investigações sobre a interferência de Moscou nas eleições presidenciais.

Após saber dessa notícia, o chefe de gabinete de Trump, Reince Priebus, tentou minimizar a importância do assunto: "cooperaremos com eles, emitirão um relatório, e nesse relatório vão dizer que não há nada", disse então à "NBC".

Priebus negou categoricamente qualquer conspiração entre a campanha de Trump e funcionários russos, ao afirmar que integrantes do alto escalão dos serviços de inteligência dos EUA lhe asseguraram que isso não ocorreu.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEleições americanasEstados Unidos (EUA)Rússia

Mais de Mundo

Ucrânia fecha acordo com EUA sobre recursos minerais, diz imprensa americana

Novo boletim médico do Papa Francisco afirma que condição 'permanece crítica, mas estável'

Administração Trump autoriza que agências ignorem ordem de Musk sobre e-mails de prestação de contas

Chanceler de Lula pede protagonismo global dos países em desenvolvimento no Brics