Mundo

Governo brasileiro apoia Catar em organização da Copa

Entre os brasileiros, a ordem é de dar total apoio ao Catar


	Fontes dentro da CBF consideram que "não há motivos" para tentar tirar a Copa do país árabe
 (Philippe Desmazes/AFP)

Fontes dentro da CBF consideram que "não há motivos" para tentar tirar a Copa do país árabe (Philippe Desmazes/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de novembro de 2014 às 09h26.

Viena - O governo brasileiro e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) garantem apoio ao Catar para organizar a Copa do Mundo de 2022.

Apesar dos indícios de corrupção e das revelações do informe divulgado na quinta-feira pela Fifa, que apesar de absolver o país árabe confirmou uma série de pagamentos feitos por cartolas locais durante o processo de escolha da sede do Mundial, o Brasil não vai mudar de posição.

Entre os brasileiros, a ordem é de dar total apoio ao Catar. Fontes dentro da CBF consideram que "não há motivos" para tentar tirar a Copa do país árabe. Obras que estão sendo realizadas para o evento, como a construção de estádios, continuam a pleno vapor.

O ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, votou pelo Catar durante o processo de seleção realizado em 2010, foi um ferrenho aliado dos cartolas locais e até mesmo assinou em Doha acordos que prendem a seleção brasileira a compromissos com o país árabe.

O governo brasileiro também anunciou o seu apoio ao Catar. "O Brasil tem todo o interesse no sucesso da Copa do Mundo que o Catar está organizando para 2022", declarou o ministro do Esporte, Aldo Rebelo. "Fomos um dos primeiros países a apoiar a realização do torneio aqui."

No início do mês, Rebelo reuniu-se com o ministro da Juventude e do Esporte do Catar, Salah bin Ghanem bin Nasser Al Ali, e com o secretário-geral do Comitê Olímpico do país, Saoud bin Abdulrahman Al-Thani, e formalizou o apoio do governo brasileiro não só em relação à Copa de 2022 como à preparação dos catarianos para a Olimpíada de 2016.

"Queremos ampliar a colaboração para outros esportes além do futebol. Se o Catar quiser, podemos mandar para cá pessoal que trabalhou na execução dos planos operacionais em nosso país", disse o ministro.

Aldo Rebelo participou da sessão de abertura do Doha Goals Fórum, um debate organizado por uma empresa francesa em parceria com o governo do Catar.

"Como já fizemos antes de Copa 2014, quando recebemos uma delegação de servidores catarianos que acompanharam o desenvolvimento dos nosso planos operacionais em todas as áreas, também estamos dispostos a colaborar na organização da Copa de 2022."

O ministro do Esporte, que não deve ficar à frente da pasta no segundo governo da presidente Dilma Rousseff, já deu até um conselho para o Catar seguir na organização da Copa. "Eu aconselho o governo do Catar a aproveitar muito bem o tempo, um ativo que não se recupera. A organização de uma Copa não tem grandes segredos, mas exige muito trabalho."

Com a confirmação do Catar como organizador do Mundial, permanece a pendência sobre a época de sua realização. Como no verão as temperaturas são bastante altas naquela região, há uma corrente que defende que a Copa ocorra no inverno, ou seja, em janeiro ou fevereiro. A Fifa ainda não decidiu oficialmente. Ora admite a possibilidade de mudar, ora nega.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilEsportesFutebolCatarFifaCopa do Mundo

Mais de Mundo

Venezuela se prepara para reação militar contra os EUA com 4,5 milhões de paramilitares mobilizados

Incerteza sobre aliança com os EUA leva Japão a reabrir debate sobre armas nucleares

EUA dependem do Brasil para fazer carne moída, diz entidade americana que pede fim das tarifas

Justiça da Colômbia ordena libertação de Uribe enquanto decide sobre condenação