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Governo colombiano e Farc negociam primeiro item de acordo

O primeiro item que deverá ser anunciado refere-se à entrega de títulos de propriedade, de cerca de 3 milhões de hectares, a camponeses sem terra


	O comandante das Farc Iván Márquez: os demais itens do acordo referem-se às drogas ilícitas, à participação política, ao abandono das armas e à reparação de danos às vítimas.
 (©afp.com / adalberto roque)

O comandante das Farc Iván Márquez: os demais itens do acordo referem-se às drogas ilícitas, à participação política, ao abandono das armas e à reparação de danos às vítimas. (©afp.com / adalberto roque)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2013 às 14h50.

Brasília – O governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia Exército do Povo (Farc-EP) preparam o anúncio para esta semana do primeiro item negociado para o acordo de paz na região. Os conflitos na Colômbia e nas fronteiras duram cerca de meio século. O primeiro item que deverá ser anunciado refere-se à entrega de títulos de propriedade, de cerca de 3 milhões de hectares, a camponeses sem terra.

É o primeiro item de cinco pontos que vão compor o acordo e é considerado um dos mais polêmicos, pois a questão agrária é bastante delicada para os colombianos. Os demais itens referem-se às drogas ilícitas, à participação política, ao abandono das armas e à reparação de danos às vítimas. As negociações são mediadas pelos governos de Cuba, da Venezuela, do Chile e da Noruega.

As negociações começaram em 19 de novembro de 2012 e a estimativa é que sejam concluídas até dezembro. A medida sobre as terras valerá para os próximos dez anos e os beneficiados pelos títulos são camponeses sem terra ou cujas propriedades produzem de forma insuficiente.

O governo da Colômbia investiu US$ 152 milhões em um plano nacional de cadastro para atualizar os dados dos interessados na obtenção de terras. O plano é válido para os anos 2013 e 2014 e inclui também projetos nas áreas de saúde, educação, infraestrutura e moradias.

O porta-voz da delegação das Farc-EP, Iván Márquez, disse que houve avanços e os considera positivos. "Estamos satisfeitos [com o ritmo das negociações]”, disse ele. A retomada das negociações ocorreu no último dia 15, em Havana, Cuba.

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