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Governo da Colômbia e Farc terminam reunião sem acordo

Delegados do governo colombiano e da guerrilha dialogaram por horas, mas não decidiram pela retomada do processo de paz


	Membro das Farc: as partes voltarão a conversar na quarta-feira
 (Luis Robayo/AFP)

Membro das Farc: as partes voltarão a conversar na quarta-feira (Luis Robayo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2014 às 21h59.

Havana - Delegados do governo da Colômbia e da guerrilha das Farc dialogaram por várias horas nesta terça-feira, em Cuba, sem decidir pela retomada do processo de paz, mas voltarão a conversar na quarta-feira, informou uma fonte da equipe oficial.

"Não há decisões de fundo nem resoluções" ao término de uma reunião a portas fechadas de mais de quatro horas, disse a fonte à AFP, acrescentando que este encontro aconteceu "de maneira normal e muito respeitosa".

Nesta reunião, as partes deveriam fazer uma avaliação do processo de paz iniciado há dois anos e acordar as condições para retomá-lo, depois de ser interrompido pelo governo colombiano em 16 de novembro devido à captura do general Rubén Alzate e dois companheiros - todos libertados no último domingo pelos rebeldes.

A libertação do general e de seus assessores - entre eles uma mulher - foi exigida pelo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, para reiniciar o processo de paz, que busca o fim do conflito armado de meio século, que já deixou 220 mil mortos e 5,3 milhões de deslocados.

Esta reunião foi o primeiro encontro entre ambas as delegações em um mês e aconteceu em "El Laguito", um complexo de residências protocolares cubano onde se hospedam as duas delegações.

A delegação do governo, que chegou na segunda-feira a Cuba para dialogar com a guerrilha, tem como líder Humberto de la Calle e como integrantes o Comissário de Paz, Sergio Jaramillo, e os generais Jorge Mora e Oscar Naranjo.

Os representantes das Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia (Farc), a maior guerrilha do país, propuseram um "armistício" para evitar que eventos como a captura do general possam causar novas interrupções no processo de paz, mas o governo se opôs repetidamente a suspender as hostilidades durante as negociações em Cuba.

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