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Governo de Israel planeja sanções aos palestinos

Israel pretende punir os palestinos pela decisão de aderir a organizações internacionais, em plena crise do processo de paz, diz imprensa

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu: palestinos decidiram pedir a adesão a 15 convenções e tratados internacionais (Debbie Hill/AFP)

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu: palestinos decidiram pedir a adesão a 15 convenções e tratados internacionais (Debbie Hill/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2014 às 09h35.

Jerusalém - Israel pretende punir os palestinos pela decisão de aderir a organizações internacionais, em plena crise do processo de paz, afirma a imprensa israelense.

O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Moshe Yaalon, pediram na quarta-feira ao comandante militar para os territórios palestinos, general Yoav Mordechai, que apresente medidas para castigar os palestinos, afirma o jornal Haaretz.

Os palestinos decidiram pedir a adesão a 15 convenções e tratados internacionais em represália à recusa de Israel de libertar o último contingente de prisioneiros em 29 de março, estipulado na iniciativa de paz promovida pelo secretário de Estado americano, John Kerry.

Na quinta-feira, a chefe da equipe de negociadores israelenses, Tzipi Livni, informou ao colega palestino Saeb Erakat que a libertação dos presos havia sido anulada.

Segundo uma fonte do governo israelense citada pelo Haaretz, as autoridades israelenses pretendem suspender a autorização concedida à operadora de telefonia móvel palestina Wataniya para que desenvolva a rede de infraestruturas na Faixa de Gaza.

Também pretendem restringir as atividades dos palestinos na zona C da Cisjordânia ocupada, onde existem colônias e onde Israel exerce um controle civil e militar pleno, destaca a imprensa.

Israel planeja ainda um novo bloqueio da transferência dos impostos cobrados por Israel mas correspondentes à Autoridade Palestina, liderada por Mahmud Abbas.

Esta sanção foi adotada em dezembro de 2012, depois que ONU concedeu o status de Estado membro observador a Palestina.

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