Mundo

Governo do Japão aprova lei que pune "conspiração criminosa"

Alguns grupos, como a federação dos advogados do país, afirmam que a lei permitirá ao governo intensificar os controles das ações da população

Japão: o governo garante que a lei é necessária para combater o terrorismo (foto/Getty Images)

Japão: o governo garante que a lei é necessária para combater o terrorismo (foto/Getty Images)

E

EFE

Publicado em 21 de março de 2017 às 11h40.

Tóquio - O governo do Japão aprovou nesta terça-feira um polêmico projeto de lei, que punirá pela primeira vez a conspiração criminosa, como forma de combater o terrorismo, visando os Jogos Olímpicos de 2020, que serão disputados em Tóquio.

"Levando em conta a situação atual, em relação ao terrorismo, e olhando para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos dentro de três anos, é necessária uma preparação completa para prevenir crimes orgranizados", afirmou o porta-voz do Executivo, Yoshihide Suga, em entrevista coletiva.

Alguns grupos, entre eles a federação dos advogados do país (JFBA), estão se opondo a lei, pois consideram que permitirá ao governo intensificar os controles das ações da população, colocando em risco as liberdades individuais.

O governo, por sua vez, garante que a lei é necessária para combater o terrorismo e que ratificaria convenção das Nações Unidas (ONU) contra o crime organizado, que o Japão assinou em 2000.

Yoshihide Suga explicou que as medidas seriam aplicadas, unicamente, aos grupos que preparam atentados ou outras atividades criminosas, mas não aos dedicados a "atividades legítimas".

O projeto de lei ainda terá que passar pelo parlamento japonês, onde o governo conta com maioria.

Esta é a terceira vez que projeto com estas característica é apresentado. Em 2003 e 2005, não houve aprovação, embora, anteriormente, a designação de grupos era mais ampla.

Acompanhe tudo sobre:TerrorismoJapãoCrime

Mais de Mundo

EUA exigem redes sociais em "modo público" para vistos estudantis

Em seu Dia da Independência, Ucrânia lança ataques com drones contra Rússia

Venezuela liberta um grupo de 13 presos políticos, segundo dirigentes opositores

Primeiro-ministro do Canadá diz que garantia de segurança para a Ucrânia 'não são escolha da Rússia'