Mundo

Governo sírio afirma que cumpre todas as leis humanitárias

O governo da Síria afirmou que adotou as medidas necessárias para a chegada ontem de um comboio de ajuda a Ghouta Oriental, principal reduto opositor

Síria: Moscou denunciou hoje que o comboio humanitário de ontem em Ghouta Oriental só pôde evacuar 13 civis devido aos ataques rebeldes (Bassam Khabieh/Reuters)

Síria: Moscou denunciou hoje que o comboio humanitário de ontem em Ghouta Oriental só pôde evacuar 13 civis devido aos ataques rebeldes (Bassam Khabieh/Reuters)

E

EFE

Publicado em 6 de março de 2018 às 15h34.

Beirute - O governo da Síria afirmou nesta terça-feira que cumpre todas as leis internacionais humanitárias e que adotou as medidas necessárias para a chegada ontem de um comboio de ajuda a Ghouta Oriental, principal reduto opositor nos arredores de Damasco.

Uma fonte do Ministério das Relações Exteriores disse à agência de notícias oficial "SANA" que o Executivo "tomou todas as medidas para a chegada de um comboio conjunto da ONU e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, em cooperação com o Crescente Vermelho da Síria, a Ghouta Oriental ontem, que incluiu 46 caminhões com ajuda".

Na segunda-feira, uma caravana humanitária entrou em Ghouta Oriental, a primeira carga de assistência que chegou à região desde o início de uma ofensiva governamental, embora a ONU tenha denunciado que as autoridades sírias tinham retirado 70% das provisões médicas do comboio em um posto de controle.

Além disso, a ONU afirmou que a caravana teve que se retirar antes da hora prevista devido à intensificação dos bombardeios quando estava dentro de Ghouta Oriental.

A fonte do Ministério das Relações Exteriores da Síria criticou também a resolução apresentada pelo Reino Unido e aprovada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, que reivindica a entrada de ajuda humanitária.

Essa decisão foi rejeitada ontem pela Rússia, aliada do governo de Damasco, e outros países.

Para o Executivo sírio, essa resolução "dirige uma mensagem de apoio às organizações terroristas armadas que violam todo o relacionado com os direitos humanos na Síria" e ressalta "a politização escandalosa da questão dos direitos humanos e a manipulação dos aparatos da ONU".

A fonte indicou que o fato de vários Estados terem rejeitado a resolução ressalta a falta de consenso no Conselho de Direitos Humanos e "o duplo padrão" adotado neste assunto.

"O governo da República Árabe da Síria afirma o seu direito a defender os cidadãos e a combater o terrorismo, e repelir quem o praticar, financiar e apoiar com armas".

Além disso, a fonte insistiu que as autoridades garantem a segurança nos corredores humanitários habilitados para a passagem dos civis que desejam sair de Ghouta Oriental.

Moscou denunciou hoje que o comboio humanitário de ontem em Ghouta Oriental só pôde evacuar 13 civis devido aos ataques rebeldes.

"Ontem, o Centro Russo de Reconciliação pôde organizar a entrada em Ghouta Oriental de um comboio humanitário da ONU com 247 toneladas de alimentos e produtos de primeira necessidade para a população civil. O comboio estava preparado para evacuar das zonas perigosas até mil pessoas, mas na última hora da noite só pôde tirar 13", afirmou um porta-voz militar da Rússia, Igor Konashenkov.

Acompanhe tudo sobre:GuerrasSíriaRússia

Mais de Mundo

Trump diz que tarifas sobre Brasil foram impostas pelo 'que o governo está fazendo'

Trump diz que EUA irão derrubar aviões militares venezuelanos que ameacem suas tropas

Operação de imigração nos EUA detém 475 pessoas em fábrica da Hyundai na Geórgia

Trump assina ordem executiva para renomear Departamento de Defesa como Departamento da Guerra