Repórter
Publicado em 13 de novembro de 2025 às 19h39.
Última atualização em 13 de novembro de 2025 às 19h54.
O secretário de Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, anunciou nesta quinta-feira, 13 de novembro, o início da operação militar denominada "Lança do Sul", com o propósito de combater grupos classificados como “narcoterroristas” e intensificar ações contra o tráfico de drogas que atinge o território norte-americano.
A declaração foi feita por Hegseth em uma publicação no X (antigo Twitter). Segundo ele, a operação será conduzida pelo Comando Militar do Sul, responsável pelas ações das Forças Armadas dos EUA na América Latina e no Caribe.
"Hoje, estou anunciando a Operação Lança do Sul", disse o secretário de Guerra dos EUA, no post.
E acrescentou: "Liderada pela Força-Tarefa Conjunta Southern Spear e o Comando Militar do Sul, essa missão defende nossa pátria, remove narcoterroristas do nosso hemisfério e protege nossa pátria das drogas que estão matando nosso povo. O hemisfério Ocidental é a vizinhança da América – e nós o protegeremos."
President Trump ordered action — and the Department of War is delivering.
Today, I’m announcing Operation SOUTHERN SPEAR.
Led by Joint Task Force Southern Spear and @SOUTHCOM, this mission defends our Homeland, removes narco-terrorists from our Hemisphere, and secures our…
— Secretary of War Pete Hegseth (@SecWar) November 13, 2025
Nas últimas semanas, Washington ampliou a presença de navios e aeronaves militares nas imediações da costa da Venezuela, movimento que o governo de Nicolás Maduro interpreta como parte de uma possível preparação para uma ofensiva armada, segundo a Reuters.
Nesta semana, a Marinha dos Estados Unidos anunciou que o porta-aviões USS Gerald R. Ford, considerado o maior do mundo, chegou à área de operações na América Latina. De acordo com as Forças Armadas norte-americanas, a embarcação dará suporte a ações voltadas ao “desmantelamento de organizações criminosas transnacionais”.
O grupo de ataque do USS Gerald R. Ford, que inclui embarcações de escolta e aeronaves, reforça a presença já consolidada dos Estados Unidos no mar do Caribe, que conta com navios de guerra, caças, helicópteros de operações especiais e bombardeiros estratégicos.
Nos últimos dois meses, forças dos EUA realizaram ataques contra mais de 20 embarcações nas regiões do Caribe e do Pacífico, resultando em mais de 70 mortes. Segundo o Comando Militar, os alvos estavam ligados a grupos classificados como narcoterroristas.
As ofensivas tiveram início em setembro, logo após o governo norte-americano elevar para US$ 50 milhões a recompensa por informações que possam levar à prisão ou condenação do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e iniciar uma nova operação de combate ao narcotráfico na região caribenha.