Mundo

Grécia vai impor medidas mais duras por novo resgate

Novos protestos da população mostram insatisfação popular com a crise grega

Novo acordo substituiria o resgate de 110 bilhões de euros concedido à Grécia pela União Europeia e o FMI, há um ano (Garth Burger/Stock.xchng)

Novo acordo substituiria o resgate de 110 bilhões de euros concedido à Grécia pela União Europeia e o FMI, há um ano (Garth Burger/Stock.xchng)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2011 às 08h15.

Atenas - A Grécia deve impor medidas mais duras de austeridade fiscal e prometer acelerar o programa de privatização em troca de um novo resgate internacional, para evitar a moratória da dívida do governo.

O primeiro-ministro grego, George Papandreou, apresentará nesta sexta-feira a sua parte do acordo, um plano orçamentário de médio prazo, quando se reunir com o líder dos ministros das Finanças da zona do euro -- que serão os principais credores, junto com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Em Atenas, pessoas faziam um protesto em frente ao Ministério das Finanças, pendurando um enorme cartaz no prédio para denunciar políticas que, segundo elas, "transformarão trabalhadores em escravos." Reunidas em Viena, autoridades da zona do euro aprovaram, a princípio, um novo programa trienal para a Grécia, que vai até 2014, disse uma fonte próxima às negociações na noite de quinta-feira.

O novo acordo substituiria o resgate de 110 bilhões de euros concedido à Grécia pela União Europeia e o FMI, há um ano.

O contribuinte da zona do euro arcou com o socorro da Grécia, da Irlanda e de Portugal, mas o novo acordo envolveria certa participação dos investidores do setor privado, disse a fonte à Reuters.

Porém, a participação seria limitada para evitar um "evento de crédito", disse a fonte, sem dar números.

O jornal grego Kathimerini noticiou que o resgate deve totalizar 85 bilhões de euros ao longo de três anos, até 2014, com a UE e o FMI contribuindo com mais de 30 a 40 bilhões.

Uma autoridade do governo grego disse que Atenas acertou 6,4 bilhões de euros em novas medidas para reduzir o déficit orçamentário de 2011 e encerrar negociações de resgate com a equipe de inspetores internacionais nesta sexta-feira.

Acompanhe tudo sobre:Política no BrasilProtestosCrises em empresasFMI

Mais de Mundo

Milei autoriza compra e posse de fuzis semiautomáticos por argentinos

Putin considera retomar testes nucleares se Trump seguir o mesmo rumo

China suspende tarifa extra de 24% sobre produtos dos EUA por um ano

Vídeo registra momento que presidente do México é assediada na rua