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Grupo jihadista egípcio nega que tenha se associado ao EI

Comunicado assinado pelo Ansar Beit al Maqdis que jurava lealdade ao Estado Islâmico teve a veracidade negada pelo grupo


	Jihadista do Estado Islâmico agita a faca momentos antes de executar jornalista
 (Ho/AFP)

Jihadista do Estado Islâmico agita a faca momentos antes de executar jornalista (Ho/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2014 às 11h52.

Cairo - Um comunicado assinado pelo grupo jihadista egípcio Ansar Beit al Maqdis (Seguidores da Casa de Jerusalém) que jurava lealdade ao Estado Islâmico (EI) teve a veracidade negada por uma conta no Twitter atribuída ao próprio grupo.

"Nós, após nos comprometermos a Deus, decidimos proclamar o emir dos crentes Abu Bakr al-Baghdadi califa de todos os muçulmanos no Iraque, na Síria e em todos os países muçulmanos", dizia o comunicado divulgado ontem à noite nas redes sociais e em vários foros islamitas.

No entanto, através de sua conta no Twitter, Ansar Beit al Maqdis declarou hoje que o texto "não está vinculado" com o grupo e pediu que a imprensa seja "mais exata e recorra às fontes oficiais".

Este tipo de confusão já tinha acontecido antes. Há alguns meses o grupo egípcio afirmou que não tinha nenhuma conta aberta nas redes sociais.

O comunicado de ontem, cuja veracidade não pôde ser verificada por fontes independentes, também pedia que todos os muçulmanos seguissem o exemplo de Ansar Beit al Maqdis e assumissem al-Baghdadi como "emir dos crentes" e apoiassem o califado autoproclamado em junho nas regiões da Síria e do Iraque sob controle do EI.

Ansar Beit al Maqdis, que realizou vários atentados no Egito no último ano, se comprometia na nota a continuar "a guerra santa contra as forças da apostasia e os judeus até a vitória".

O grupo egípcio, baseado na Península do Sinai, emulou anteriormente ao EI, decapitando alguns de seus rivais, e cumprimentou a formação de al-Baghdadi por suas conquistas.

Ansar Beit al Maqdis e outros grupos recrudesceram os ataques contra o exército e a polícia no Sinai e em outras zonas do Egito após a queda do presidente islamita Mohammed Mursi, em 3 de julho de 2013.

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