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Guerra na Ucrânia: o que Putin quer para acabar com conflito?

A Rússia pressiona a Ucrânia a aceitar a perda de territórios conquistados pela força

Publicado em 22 de agosto de 2025 às 09h43.

Última atualização em 22 de agosto de 2025 às 09h44.

Em meio às negociações de paz mediadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, as exigências de Vladimir Putin para o fim do conflito na Ucrânia estão sendo debatidas em reuniões fechadas.

De acordo com informações da agência Reuters, Putin exige que a Ucrânia ceda toda a região do Donbas, incluindo Donetsk e Luhansk, em troca da estabilização das linhas de frente nas regiões de Zaporizhzhia e Kherson, além do reconhecimento das anexações russas dessas áreas.

O presidente russo também quer que a Ucrânia abandone suas ambições de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e aceite uma neutralidade permanente, sem a presença de tropas ocidentais em seu território.

A Rússia pressiona a Ucrânia a aceitar a perda de territórios conquistados pela força. Se as linhas atuais forem mantidas, o país perderia cerca de 20% de seu território nas áreas leste e sul.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, indicou que poderia ceder em partes na questão territorial, mas exige garantias de que a Ucrânia não será novamente invadida.

Entre as ideias debatidas está a criação de uma força militar internacional para proteger as fronteiras ucranianas, ou um acordo que assegure o envio de tropas de outros países para a Ucrânia em caso de nova invasão.

Encontros de Trump com Putin e Zelensky

Em 15 de agosto, Trump e Putin se encontraram na Base Conjunta Elmendorf-Richardson, em Anchorage, no Alasca, para discutir a guerra na Ucrânia. Apesar do cenário cerimonial e das altas expectativas, o encontro ainda não resultou em acordos concretos.

Trump propôs um acordo de paz completo, mas Putin optou por continuar as negociações sem compromissos tangíveis, deixando de lado discussões sobre cessar-fogo ou retirada de tropas.

No dia 18, Zelensky se reuniu com Trump em uma cúpula que contou com outros líderes europeus. As garantias para o futuro da Ucrânia são um dos pontos centrais das negociações. O país busca mecanismos que o protejam de uma nova invasão russa, caso aceite um acordo de paz agora.

Após os encontros, Trump afirmou que não pretende enviar tropas americanas à Ucrânia como parte das garantias de segurança de um futuro acordo de paz com a Rússia.

Ele concordou que as nações europeias devem assumir a liderança na questão. Trump reiterou que “haverá algum tipo de segurança” para Kiev, “embora não dentro da Otan”, e expressou concordância com a presença de forças militares europeias na Ucrânia em guerra.

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