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Hamas afirma que não irá se desarmar até que Estado palestino seja estabelecido

"Reiteramos que a resistência e suas armas são um direito nacional e legal enquanto a ocupação (israelense) persistir", afirmou o Hamas em um comunicado

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 2 de agosto de 2025 às 16h07.

O Hamas afirmou, neste sábado, 2, que não se desarmará até que um Estado palestino com Jerusalém como capital seja estabelecido, após o enviado dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witkoff, disse que o grupo islâmico estava pronto para depor as armas.

"Reiteramos que a resistência e suas armas são um direito nacional e legal enquanto a ocupação (israelense) persistir", afirmou o Hamas em um comunicado. "Não podemos abandoná-lo até que nossos direitos nacionais sejam plenamente restabelecidos, o principal deles o estabelecimento de um Estado palestino independente e plenamente soberano com Jerusalém como sua capital".

O Hamas respondeu assim às declarações atribuídas pela imprensa israelense a Witkoff. Durante um encontro com as famílias dos reféns em Gaza, o enviado americano garante que "o Hamas disse que está pronto para se desmilitarizar" e que "vários governos árabes estão exigindo que o Hamas se desmilitarize", de acordo com áudios aos quais o jornal "Haaretz" teve acesso.

A Witkoff é atribuída a última proposta de cessar-fogo para a Faixa de Gaza que Israel e Hamas negociavam até que as conversas estagnaram há semanas.

Esta incluía uma trégua de 60 dias na qual os islâmicos deveriam libertar dez reféns vivos e cerca de 18 mortos em Gaza, e durante a qual as partes teriam que negociar o fim definitivo da ofensiva israelense sobre o enclave.

Israel retirou sua delegação de negociação de Doha (Catar) assegurando que os islâmicos não tinham vontade de negociar, algo que os Estados Unidos replicaram.

Segundo a imprensa israelense, o Hamas endureceu suas exigências durante os últimos dias das negociações, pedindo um número de prisioneiros palestinos a serem libertados em troca dos reféns em Gaza superior ao esperado.

Israel, por sua vez, exige cumprir seus objetivos de guerra em Gaza para concluir sua ofensiva sobre o enclave, que tirou a vida de mais de 60 mil pessoas.

Entre esses objetivos, está o de destruir as capacidades de governo e combate do Hamas, uma linha vermelha sem a qual se nega a concluir a ofensiva contra o enclave.

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