Mundo

Hamas critica convite para que Netanyahu visite Parlamento

Em comunicado, Salaha al-Bardawil disse que grupo islamita, que governa Gaza, rejeita "completamente" a disposição de Abbas de receber Netanyahu no Parlamento


	Benjamin Netanyahu: "O Parlamento palestino tem autoridade por si e nunca permitiria a um sionista terrorista como Netanyahu visitar nossa câmara", assegurou Al Bardawil
 (Olivier Fitoussi/AFP)

Benjamin Netanyahu: "O Parlamento palestino tem autoridade por si e nunca permitiria a um sionista terrorista como Netanyahu visitar nossa câmara", assegurou Al Bardawil (Olivier Fitoussi/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2014 às 14h08.

Gaza - O movimento islamita palestino Hamas criticou nesta quinta-feira o convite feito pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para que visitasse o Parlamento palestino.

Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, Salaha al-Bardawil, alto cargo do Hamas, disse que o grupo islamita, que governa Gaza, rejeita "completamente" a disposição de Abbas de receber Netanyahu no Parlamento.

O anúncio responde a declarações feitas esta semana por Abbas ao Instituto israelense de estudos de Segurança Nacional nas quais dizia que, em caso de a paz ser assinada entre palestinos e israelenses, estaria preparado para visitar Knesset e pronunciar um discurso ali, oferecimento que fez reciprocamente a Netanyahu.

"Aconselhamos a Abu Mazen (Abbas) a não repetir o mesmo erro de outro presidente árabe de visitar a câmara legislativa israelense (Knesset)", declarou Al-Bardawil, no que parecia uma alusão ao presidente egípcio assassinado, Anwar O Sadat, que em 1977 se tornou o primeiro dirigente árabe a falar ao Parlamento de Israel.

Em 1978, Sadat assinou com o então primeiro-ministro israelense, Menachem Begin, os acordos de paz de Camp David, em virtude dos quais ambos os países estabeleciam relações diplomáticas e Israel devolvia ao Egito a Península do Sinai, que ocupou na Guerra dos Seis Dias, de 1967, devolução de que se materializaria em 1982.

Sadat foi assassinado em 6 de outubro de 1981 enquanto assistia a um desfile militar comemorativo do final da Guerra árabe-israelense de 1973, em um atentado realizado por elementos afins à Jihad Islâmica.

A maioria dos deputados do Parlamento palestino é de membros do Hamas, 74 de um total de 132, depois que o movimento obteve uma arrasadora maioria nas eleições legislativas de 25 de janeiro de 2006, as últimas realizadas até o momento.

"Abbas não está autorizado (a fazer essas declarações). O Parlamento palestino tem autoridade por si e nunca permitiria a um sionista terrorista como Netanyahu visitar nossa câmara", assegurou Al Bardawil.

"Deveria se arrepender imediatamente de suas declarações", opinou. 

Acompanhe tudo sobre:PalestinaIsrael

Mais de Mundo

Netanyahu anuncia negociações para libertar reféns israelenses em Gaza

EUA suspende operação naval no Caribe após risco de furacão

Comércio da China com países da OCX cresce 3% e alcança recorde em 2024

'Tudo o que fiz foi PERFEITO': Trump comemora após corte de NY anular multa bilionária por fraude