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Hamas diz que não vai retomar negociação com Israel até que país solte detentos palestinos

Libertação de 620 prisioneiros estava prevista para ocorrer nesta fase do cessar-fogo, mas Netanyahu anunciou ontem o adiamento desta etapa

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 24 de fevereiro de 2025 às 07h46.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2025 às 08h06.

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O líder do Hamas, Mahmoud Mardawi, disse neste domingo, 23, que não retomará as negociações com Israel para a segunda fase do acordo de cessar-fogo, a menos que o país liberte primeiro os mais de 600 prisioneiros palestinos que seriam soltos ontem na sétima troca por reféns israelenses.

“O Hamas não concordará em conversar com Israel por meio de mediadores antes de (o país) se comprometer a libertar os prisioneiros”, disse Mardawi em um comunicado.

Além disso, o líder do grupo palestino pediu aos mediadores - Egito, Catar e Estados Unidos - que obriguem Israel a cumprir os termos da primeira fase do acordo de cessar-fogo.

Israel deveria ter libertado 620 prisioneiros palestinos ontem, sendo que 445 deles foram presos em Gaza após o ataque do Hamas ao país em 7 de outubro de 2023, que deu início à atual guerra no enclave.

No entanto, no início da manhã deste domingo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou em um comunicado que a libertação dos prisioneiros palestinos seria adiada até que “a libertação dos próximos reféns fosse garantida, e sem cerimônias degradantes”.

Israel criticou o Hamas por forçar os israelenses, depois de cerca de 16 meses em cativeiro, a subir em um tipo de palco para fazer um discurso. O país também repudiou o fato de que a entrega de quatro corpos de reféns na última quinta-feira, incluindo os de duas crianças, foi feita em uma cerimônia chamativa.

Essa situação agora coloca em risco as negociações da segunda fase do acordo de cessar-fogo, que, além disso, já deveria estar em andamento, já que no próximo sábado, 1º de março, de acordo com o cronograma, será realizada a última troca de um grupo de prisioneiros palestinos por reféns israelenses (nesta ocasião, os corpos de quatro deles) da primeira fase do pacto.

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