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Hamas expressa disposição para libertar reféns, mas acusa Netanyahu de prolongar guerra

Por sua vez, Netanyahu acusa o grupo terrorista de ser um obstáculo para o acordo

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 2 de maio de 2025 às 16h31.

Última atualização em 2 de maio de 2025 às 16h35.

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O grupo islâmico palestino Hamas enfatizou, durante uma videoconferência nesta sexta-feira, sua disposição de libertar "imediatamente" todos os reféns em um único lote, desde que Israel concorde com o fim permanente da ofensiva de guerra, e culpou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por rejeitar sua proposta, que ele desmentiu.

"O governo extremista de Netanyahu respondeu com a rejeição da visão do movimento, insistindo em fragmentar as questões e recusando-se a se comprometer com o fim da guerra, apegando-se a políticas de matança, fome e destruição, mesmo ao custo das vidas dos prisioneiros de seu Exército mantidos em Gaza", comentou o líder do Hamas, Abdul Rahman Shadid, em uma mensagem de vídeo postada no Telegram.

Por sua vez, Netanyahu afirmou nesta sexta-feira que aqueles que afirmam que Israel "aparentemente rejeitou a proposta egípcia apresentada carecem de fundamento" e que o Hamas "foi e continua sendo o obstáculo para um acordo", segundo uma mensagem concisa divulgada por seu gabinete.

De acordo com o Hamas, em 17 de abril, como parte dos esforços de mediação egípcia, o grupo apresentou uma proposta de cessar-fogo de cerca de cinco anos, com garantias de que isso levaria a um fim permanente da guerra, e a formação de um comitê de "tecnocratas independentes" para administrar a Faixa de Gaza, que não estaria mais sob o domínio do Hamas.

Shadid lembrou nesta sexta-feira que esse acordo — assim como o primeiro pacto, que Israel rompeu unilateralmente em 18 de março, ao retomar os bombardeios — também inclui a retirada completa das forças israelenses de Gaza, o fim do bloqueio de suprimentos de dois meses, a entrada de ajuda humanitária e a reconstrução do enclave.

"Netanyahu não se importa com as vidas de seus soldados, mas explora o sofrimento deles para promover sua agenda política", opinou Shadid, acrescentando que o Hamas abordará qualquer nova proposta dos mediadores que garanta um cessar-fogo permanente, uma troca justa e a retirada das tropas israelenses "com total responsabilidade e positividade".

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