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Hamas pede a Trump garantias para cessar-fogo em troca da metade dos reféns

Proposta do grupo está definida em uma carta que deverá ser entregue a Trump nesta semana, segundo a Fox News

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 22 de setembro de 2025 às 15h31.

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O Hamas pediu ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que garanta um cessar-fogo de 60 dias em troca da libertação de metade dos reféns mantidos pelo grupo islâmico palestino na Faixa de Gaza, informou a emissora "Fox News" nesta segunda-feira.

De acordo com a emissora, um funcionário de alto cargo do governo Trump e uma pessoa envolvida nas negociações adiantaram essas solicitações do Hamas.

A proposta do grupo está definida em uma carta que deverá ser entregue a Trump nesta semana.

O presidente dos EUA pediu repetidamente a libertação de todos os reféns capturados pelo Hamas após o ataque de 7 de outubro de 2023. Atualmente, 48 pessoas estão sendo mantidas reféns em Gaza pelo grupo.

Desde que começou a ofensiva israelense em resposta ao ataque do Hamas, vários acordos de cessar-fogo foram tentados para permitir que as negociações avançassem em troca da libertação de prisioneiros de ambos os lados. No entanto, na maioria das vezes, eles foram violados por Israel.

O último pacto foi aceito pelo Hamas em 18 de agosto. Naquela ocasião, dez reféns israelenses deveriam ser libertados em troca de uma entrada em massa de ajuda ao enclave para aliviar a grave crise humanitária enfrentada pela população de Gaza, causada pela fome que Israel está provocando com o bloqueio.

Em vez disso, Tel Aviv ignorou a proposta e prosseguiu com seus planos de tomar a Cidade de Gaza.

No domingo passado, as Forças de Defesa de Israel confirmaram que seus tanques já estão entrando na cidade com o objetivo de deslocar seu milhão de habitantes.

Cerca de 550.000 pessoas fugiram desde que Israel intensificou seus ataques em meados de agosto.

Uma comissão independente da ONU, relatores de direitos humanos, ONGs e um número crescente de países estão chamando a ofensiva militar israelense contra a Faixa de Gaza de genocídio. Mais de 65.200 palestinos já foram mortos, incluindo mais de 19.000 menores de idade.

A relatora da ONU sobre os territórios palestinos ocupados, Francesca Albanese, disse que o número de mortos em Gaza pode ser dez vezes maior, de acordo com várias fontes.

"Devemos começar a pensar em 680.000, porque esse é o número que alguns acadêmicos e cientistas afirmam ser o verdadeiro número de mortos em Gaza", disse ela em entrevista coletiva em Genebra na semana passada.

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